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Angra Doce, região na divisa de São Paulo e Paraná, pode virar área especial de interesse turístico. É o que prevê o projeto de lei (3031/2015) de autoria do deputado Capitão Augusto, do PR paulista.

Essas áreas são trechos contínuos do território nacional a serem preservados no sentido cultural e natural. Quando elevadas a esse status, as regiões passam a ser asseguradas de proteção e desenvolvimento turístico. Também necessitam de normas de uso e ocupação do solo, além de serem objetos alocação de recursos e incentivos.

De acordo com a medida, fica definido como Angra Doce o conjunto formado pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Chavantes e seu entorno, abrangendo cinco municípios no Estado do Paraná e dez no Estado de São Paulo.

O represamento das águas pela usina deu origem a um lago que propicia a prática de esportes como canoagem, rafting, trekking, voo livre, cavalgadas, caça e pesca. Em 2011, o município de Ribeirão Claro, no Paraná, recebeu o Campeonato Brasileiro de Canoagem Maratona. Já o Parque Nacional do Dourado, localizado no município de Piraju, em São Paulo, é ponto de turismo ecológico e prática de rapel. O autor da proposição, deputado Capitão Augusto, justificou a importância do projeto que pretende levar mais recursos para a região.

"Hoje, nós sabemos que o turismo é uma grande fonte de geração de empregos no Brasil. E a nossa região no interior de São Paulo e norte do Paraná tem dificuldades de competir com outras regiões mais desenvolvidas e que tenham aeroportos e rodovias que servem suas regiões e essa competição fica injusta, nós não temos condições de trazer grandes empresas para gerar emprego para a nossa região. Então esse projeto faz parte de um grande projeto turístico para a região de Ourinhos, que é oeste de São Paulo, interior de São Paulo e o norte do Paraná."

A proposta já foi aprovada na Comissão de Turismo e agora segue para apreciação na Comissão de Constituição e Justiça.