Radioagência

Frente parlamentar vai defender os interesses das indústrias de bebidas no Congresso Nacional. O grupo é formado por 223 deputados e oito senadores, coordenados pelo deputado Jorginho Mello, do PR catarinense. Segundo ele, a frente defende facilidades no acesso ao crédito e um sistema tributário mais "moderno e justo" para pequenos e médios fabricantes de bebidas. Jorginho Mello argumenta que hoje 93% do faturamento do setor estão concentrados nas mãos de multinacionais de refrigerante e cerveja, que ainda são beneficiadas com isenções tributárias, como na zona franca de Manaus, por exemplo. Por outro lado, o deputado afirma que cerca de 250 microcervejarias brasileiras detêm apenas 1% do mercado.

"Nós estamos trabalhando de forma organizada para dizer que a indústria nacional gera emprego e não quer ser varrida do território brasileiro. Nós queremos corrigir essa injustiça. As grandes corporações têm acesso, falam com ministros e quem quiser e ganham incentivos. O que o pequeno está pedindo é para ser comparado com o grande. Só está pedindo para pagar o mesmo tributo que uma multinacional paga para continuar trabalhando".

Uma das primeiras ações da frente parlamentar é concluir, junto ao Ministério da Fazenda, o tamanho real da carga tributária que incide sobre as pequenas indústrias de bebidas no país. O deputado avalia que os atuais problemas de ajuste fiscal não podem ser usados como justificativa para manter o setor em situação que ele classifica de "vergonhosa". O deputado Jorginho Mello também coordena a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa.