01/09/2015 13:27 - Política
01/09/2015 13:27 - Política
Todas as seis pessoas convocadas pela CPI da Petrobras para prestar depoimento em Curitiba e estão presas se recusaram a responder perguntas sobre suspeitas de formação de cartel e pagamento de propina na Estatal. Cinco depoentes são executivos da construtora Odebrecht, incluindo o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.
O presidente da construtora e os executivos conseguiram um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal que dava a eles o direito de não responder às perguntas para não se auto incriminar.
Além de Marcelo Odebrecht foram convocados Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo, César Ramos Rocha e Alexandrino de Alencar. Todos eles repetiram dezenas de vezes que não iriam se manifestar.
Alexandrino de Alencar se recusou a dizer até para qual time torce. Só Marcelo Odebrecht aceitou responder algumas perguntas, desde que não tivessem ligação com as acusações que pesam sobre ele.
O empresário disse, por exemplo, que já conversou com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula sobre a Petrobras, mas negou ter falado sobre irregularidades na empresa. Ele disse, também, ser favorável à doação empresarial para campanhas eleitorais, depois de questionado pelo deputado Júlio Delgado, do PSB de Minas Gerais.
Ao todo, a Polícia Federal prendeu oito executivos da Odebrecht, empresa suspeita de pagar propinas de mais de R$ 500 milhões a diretores da Petrobras e agentes políticos em troca de contratos com a Estatal. A empresa nega as acusações.
O sexto convocado para depor à CPI em Curitiba, o ex-gerente da Petrobras, Celso Araripe de Oliveira, também se recusou a responder às perguntas. Ele também estava amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
O silencia dos depoentes na CPI fez com que os deputados Celso Pansera, do PMDB do Rio de Janeiro, e Valmir Prascidelli, do PT de São Paulo, defendessem mudanças legais para fortalecer o papel de investigação das CPIs.
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