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Deficientes visuais cobram atualização da legislação para que livros sejam disponibilizados em formato digital, possibilitando acessibilidade a todas as pessoas com deficiência. O tema foi discutido nesta quarta-feira (29) durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Entre as principais reivindicações estão ainda as propostas de universalização de políticas públicas.

Para o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), autor do requerimento de audiência pública, a ideia do colegiado é trazer os vários grupos que representam as minorias do País.

"Normalmente, essas audiências públicas são feitas, em conjunto, com todas as demais deficiências — que são importantes também. Mas eu acho que, ao tratar de cada deficiência específica, nós vamos poder dar mais atenção."

Acompanhada de sua cão-guia Ives, o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Flávio Henrique de Souza, disse que, para um cego, a pior coisa é não ser enxergado.

Durante o debate, Flávio explicou como funciona o modelo de "política transversalizada" para pessoas com deficiência.

"A política transversalizada é, nada mais nada menos, que a pessoa com deficiência, como qualquer outro segmento da sociedade, não precisar somente de uma política única, ela precisa do transporte, da educação, de saúde, enfim, de cultura, de lazer.... ela precisa de outras políticas para em que ela possa viver com qualidade de vida."

Ao final da audiência pública, que debateu melhorias para as pessoas com deficiência visual, foi sugerido pela deputada Erika Kokay (PT-DF) a criação de um grupo de trabalho formado por membros do colegiado. Esse grupo levantaria as principais demandas dos segmentos que representam minorias para a construção de propostas que possam tramitar na Casa.