Radioagência

Com 271 votos, o deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte, foi eleito, em primeiro turno, presidente da Câmara dos Deputados. Ele obteve 22 votos a mais do que o necessário, metade mais um dos 497 votantes. O deputado Julio Delgado, do PSB mineiro, conseguiu 165 votos; a deputada Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, 47 e o deputado Chico Alencar, do PSol do Rio de Janeiro, 11 votos. Foram registrados ainda três votos em branco.

O novo presidente prometeu criar uma comissão especial para apreciar as propostas de emenda à Constituição que tornam o Orçamento Geral da União impositivo para as emendas parlamentares individuais, ou seja, para que o governo seja obrigado a executar os gastos aprovados em lei.

"Desde o seu nascedouro, as pessoas não entendem, mas eu sei, e se hoje os senhores sabem da importância de uma emenda individual, que vamos buscar na carência dos mais pobres e dos menores. Se não fosse por nós, não chegavam aqui. E depois, o caminho mais humilhante do conta-gotas, que faz com que esta Casa se humilhe, o parlamentar se humilhe"

Henrique Eduardo Alves prometeu também se empenhar para que o Congresso analise os cerca de três mil vetos presidenciais que aguardam análise. Anunciou ainda que as relatorias de medidas provisórias serão distribuídas conforme a proporcionalidade partidária.

Logo após a vitória, Henrique Alves defendeu a discussão do pacto federativo, da distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados, dos royalties do petróleo e projetos na área de segurança pública.

"Não é apenas para discutir. Este Parlamento não foi feito para ganhar tempo, para empurrar com a barriga, não foi feito para enrolar. Este Parlamento foi feito para discutir e votar, debater e decidir"

Henrique Eduardo Alves também disse que fará uma defesa intransigente da liberdade de imprensa como órgão basilar da democracia. O presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória da Presidência da República, logo após o vice-presidente.