Cidades e transportes

Comissão aprova regras para transporte de mercadorias em bicicleta

11/06/2010 - 12:38  

Diógenes Santos
Renato Molling: projeto contribui com a segurança do condutor e do trânsito.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (9) o Projeto de Lei 2771/08, do deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), que regulamenta a entrega de mercadorias por meio de bicicleta. Segundo o projeto, as mercadorias entregues devem ter até 12 quilos. Se esse limite for ultrapassado, deverão ser utilizadas bicicletas cargueiras.

O projeto estabelece ainda a responsabilidade conjunta dos empregadores por acidentes que ocorrerem durante as entregas. Além disso, o texto proíbe a contratação de menor de 16 anos como entregador.

O relator, deputado Renato Molling (PP-RS), recomendou a aprovação da proposta. Ele concordou com os argumentos do autor, de que a medida será benéfica para o meio ambiente e a saúde do condutor e para a criação de postos de trabalho.

“Outro ponto de destaque é estabelecer um marco regulador para a atividade. As regras propostas, embora simples, tratam de questões importantes, como a segurança do condutor e do trânsito”, disse o relator.

O texto foi aprovado anteriormente pelas comissões de Viação e Transporte; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público, na forma de um substitutivo. Entre outras medidas, o substitutivo elimina o limite de peso das mercadorias e torna obrigatória a instalação de compartimentos apropriados para o transporte de mercadorias nas bicicletas e triciclos usados na atividade.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Pierre Triboli

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