Acusada de sequestro faz parte de rede de tráfico, acredita vice-presidente de CPI
14/06/2013 - 17:20
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Tráfico de Pessoas, deputado Luiz Couto (PT-PB), acredita que acusada de ter sequestrado um bebê em Cuiabá (MT) faz parte de uma rede de tráfico de crianças que atua em todo o País.
"Muitos casos que acontecem são registrados como desaparecimento, quando, na realidade, não são desaparecimentos, são sequestros, [e as crianças] são muitas vezes levadas para adoção ilegal ou então para fins de retiradas de órgãos para transplante", afirmou o parlamentar.
O deputado acompanhou a audiência pública que a CPI promoveu na Assembleia Legislativa do Mato Grosso para ouvir os delegados que atuaram na investigação do sequestro de um bebê de um mês ocorrido em Cuiabá, em 31 de maio deste ano.
Caso não é isolado
A acusada do crime, Jucione Santos Souza, está detida e também foi ouvida pela CPI. Luiz Couto lamentou que esse sequestro não seja um caso isolado, já que outros semelhantes ocorreram na Bahia.
Na avaliação do deputado, o objetivo desse tipo de crime é o tráfico de órgãos. Segundo ele, se Jucione tivesse conseguido entregar o bebê na Bahia, como havia sido combinado, teria recebido R$ 35 mil.
A CPI ouviu também os delegados Ivair Polesso e Gianmarco Paccola, ambos envolvidos na investigação do caso. A Comissão vai continuar acompanhando as investigações em Mato Grosso.
Da Redação/NA
