Política e Administração Pública

CPMI da JBS ouve advogado do grupo que controla o frigorífico

O grupo J&F, dirigido pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, controla o frigorífico JBS e outras empresas

04/10/2017 - 08:18  

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS deve ouvir nesta manhã o advogado do grupo J&F Willer Tomaz de Souza. Souza, que chegou a ser preso, acusado de pagar uma mesada para o procurador da República Ângelo Goulart Villela em troca de informações da força tarefa da Lava Jato, no Ministério Público Federal.

Investigações
A CPMI investiga as operações da holding com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ocorridas entre os anos de 2007 e 2016 e o acordo de colaboração premiada do Ministério Público Federal com os acionistas das empresas.

Requerimento
Além de ouvir Souza, a comissão pode votar hoje requerimentos que pedem a convocação da advogada Fernanda Tórtima e de Vinícius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fernanda Tórtima é apontada como a advogada do grupo J&F que intermediou a ida do ex-procurador Marcelo Miller para a JBS. Ela advogava inicialmente para a empresa de celulose Eldorado, controlada pelo grupo J&F, investigada pela Polícia Federal na Operação Bullish, que apura desvio de recursos de fundos de pensão.

Miller foi convidado para ser diretor de complience do grupo, enquanto ainda atuava na equipe do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot. Ele é suspeito de beneficiar a JBS durante as negociações relativas aos acordos de delação premiada dos executivos da empresa.

Depoimento
Ontem, durante depoimento na CPI Mista, o economista Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, negou prejuízos do banco com as operações de crédito ao grupo J&F e negou também ter recebido dos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega qualquer pedido de favorecimento ao grupo.

A reunião será realizada a partir das 9 horas, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

Da Redação - ND

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