Geração de empregos e novo pacto federativo são prioridades do líder do PRB
06/02/2017 - 09:25
A geração de oportunidades de trabalho para o brasileiro e a votação de um novo pacto federativo para o Brasil, redefinindo atribuições da União, estados e municípios, são as prioridades do líder do Partido Republicano Brasileiro (PRB) em 2017, deputado Cleber Verde (MA).
Eleito por unanimidade, Verde comandará uma bancada de 23 deputados, no lugar do ex-líder deputado Márcio Marinho (BA). Esta é a segunda vez que o deputado, que está em seu terceiro mandato, exerce a liderança da legenda na Casa.
Advogado e servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Verde foi vereador em São Luís (MA) por três mandatos. Na Câmara, é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pesca e Aquicultura e da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Despachantes e Documentalistas do Brasil. Cleber Verde também foi secretário de Comunicação Social da Câmara, entre 2015-2016.
Leia abaixo entrevista concedida por Cleber Verde:
Quais as prioridades do PRB este ano na Câmara?
É um ano de dificuldades: a crise econômica não passou, a crise política ainda se arrasta. E nós temos aí reformas pela frente. Portanto, é um ano em que precisamos estar antenados, primeiro, com o que o governo pretende; segundo, com o debate permanente aqui na Casa; e, óbvio, conversando com nossa bancada. O sentimento da nossa bancada vai ser o que vamos levar para o Plenário, que vamos defender.
Este é um momento de unidade dos partidos em favor da criação de perspectivas econômicas, para gerar oportunidades de trabalho. Nós estamos aí com quase 13% da população desempregada, e é preciso que façamos alguma coisa. Nós queremos colaborar para o Brasil entrar no trilho do desenvolvimento.
Qual o posicionamento do partido em relação à reforma da Previdência?
Muitos aposentados estão preocupados com o que pode acontecer. Sabemos que o governo é muito legalista, o presidente Michel Temer é muito legalista, e direito adquirido não será modificado. Esta é a concepção do governo e a nossa concepção.
A reforma da Previdência é necessária, mas é preciso identificar ponto a ponto, verificar a questão da mudança do tempo de contribuição, a questão da idade, ou seja, fazer toda uma avaliação para não prejudicar o trabalhador que já está com o direito adquirido à aposentadoria. Este é um ponto que o PRB não abrirá mão: não prejudicará direito adquirido.
Sabemos da importância desta reforma para que nós possamos garantir uma perspectiva de futuro, garantir que a próxima geração, que vai entrar no mercado de trabalho, possa receber a aposentadoria, ao mesmo tempo mantendo o salário dos atuais aposentados. Nós vamos fazer esta reforma com muita responsabilidade.
Que outros projetos e reformas o seu partido elencaria como prioritários?
O pacto federativo é uma prioridade, que precisamos colocar como pauta principal para ser discutida no Plenário da Casa. Nós colocamos muitas responsabilidades aos municípios e aos estados, e nós sabemos das dificuldades: tem município e estado que não está pagando os servidores, como o estado do Rio de Janeiro.
Nós precisamos fazer um novo pacto federativo, criando condições mínimas para que toda infraestrutura que é definida para os municípios e os estados possa ser absorvida. Por exemplo, a questão da segurança: se quer criar novas penitenciárias, mas o estado tem condições de manter essas penitenciárias? E a manutenção das creches, como os municípios estão lidando com isso? Então, pactuar novamente a Federação é fundamental, para atender aos interesses especialmente dos municípios, que é onde acontece tudo.
É possível discutir em 2017 a reforma política?
Eu entendo que a reforma política é fundamental. Precisamos, em 2017, encontrar uma saída para o financiamento – público ou privado –, identificar uma saída para não criar uma situação de comprometimento de partidos e políticos diante do que acontece na Operação Lava Jato, que foi muito fruto da legislação eleitoral, que permitiu o recebimento de recursos privados para campanhas políticas. Uma reforma política é fundamental para termos em 2018 uma eleição clara, transparente, sem abusos ou corrupções.
Confira entrevistas com outros líderes
Reportagem – Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein