Política e Administração Pública

Subcomissão vai acompanhar investigações sobre contas secretas no HSBC

Operação Lava Jato domina discussões na Comissão de Fiscalização Financeira. Deputados aprovam convites a autoridades e a representantes dos trabalhadores que estão sendo atingidos pela crise na Petrobras.

11/03/2015 - 12:57   •   Atualizado em 11/03/2015 - 18:40

A Comissão de Fiscalização Financeira aprovou, nesta quarta-feira (11), dez requerimentos relacionados à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o pagamento de propinas e o desvio de recursos na Petrobras. Dois desses requerimentos são para criar subcomissões: uma, para investigar as contas secretas de brasileiros no Banco HSBC e estudar meios de recuperar o dinheiro desviado que está em contas no exterior. Outra, para debater os efeitos da Lava Jato na economia e no índice de emprego.

Um terceiro requerimento aprovado convida o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antonio Gustavo Rodrigues, para falar sobre as providências já tomadas em relação às contas secretas no HSBC.

Ministros
Três requerimentos aprovados nesta quarta convidam ministros para vir à comissão. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, será chamado a falar sobre uma reunião que teve com advogados das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também será convidado. Ele deverá falar sobre o acordo entre as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato e o governo para permitir o ressarcimento ao Estado, por meio de multas, do dinheiro desviado. Será ouvido ainda o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Moysés Simão, para falar sobre os procedimentos adotados no combate à corrupção.

Os outros requerimentos aprovados convidam:

  • o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro, Olímpio Alves dos Santos, e a representantes da CUT e da Força Sindical para falar sobre sobre os efeitos da Operação Lava Jato na permanência e criação de empregos;
  • o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, para falar sobre os efeitos da Operação Lava Jato na economia; e
  • o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coêlho, para falar sobre as prerrogativas dos advogados que estão atuando na Operação Lava Jato.

A comissão aprovou ainda a realização de mesa redonda no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Paraná para debater os efeitos da Lava Jato na economia e no índice de emprego.

Reportagem - Patricia Roedel
Edição - Natalia Doederlein

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.