Política e Administração Pública

Líder do PT diz que governo precisa rediscutir relação com a base aliada

10/07/2013 - 22:26  

Depois de mais uma derrota com o apoio de partidos da base aliada, o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), reconheceu que é preciso rediscutir a relação do partido com as demais legendas da base. O Plenário rejeitou nesta noite a maior parte do texto do Senado sobre os royalties do petróleo (substitutivo ao PL 323/07), que era defendido pelo governo.

Guimarães afirmou que a derrota de hoje é “simbólica”, já que o projeto dos royalties para a educação é uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff. Ele disse que não se incomodaria com uma base menor, desde que seja fiel. “Temos de chamar o feito à ordem, porque não estamos a fim de partidos que querem ser governo só quando interessa. Ou é governo ou não é governo”, disse.

Derrotas
O governo também perdeu na semana passada, quando teve apenas o apoio do PCdoB e do Psol (esse último partido de oposição) contra o projeto de lei que extinguiu a multa extra de 10% sobre o FGTS paga pelo empregador em demissões sem justa causa (PLP 200).

O líder do PT citou a necessidade de rever o relacionamento com o PDT e o PSB. O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), é o relator do projeto dos royalties que não teve o apoio governo, mas que prevaleceu em Plenário. “Quem é governo tem ônus e bônus. Precisamos rediscutir a nossa relação com o PSB e o PDT até para se estabelecer uma nitidez política na disputa”, disse Guimarães.

O governo defendeu a aprovação do texto do Senado, que aplica 50% dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal em saúde e educação, além de metade dos royalties do pré-sal. Já o texto da Câmara prevê 50% do total de recursos do fundo (e não apenas dos rendimentos) para a educação.

Continue acompanhando a cobertura das votações no Plenário.

Assista ao vivo

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Tempo real:

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: PL 323/2007

Íntegra da proposta