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Frente Parlamentar da Educação apoia integração de políticas públicas em municípios do Paraná

10/10/2017 - 18:46  

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Lançamento da escolha nacional do Secretário de Educação Regional de Municípios do Paraná
Reunião na Câmara lançou a pré-seleção conduzida por consórcio no Paraná

A Frente Parlamentar da Educação apoiou nesta terça-feira (10), em reunião na Câmara dos Deputados, o lançamento do processo de pré-seleção do futuro secretário regional de dez municípios do norte paranaense. “É o primeiro caso em todo o Brasil”, disse o deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da frente parlamentar.

A proposta agora é inovar, na gestão pública, com uma secretaria regional de educação. A pessoa escolhida será responsável pelas políticas públicas na área de educação de dez municípios do Paraná – Cafeara, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Jaguapitã, Lupionópolis, Miraselva, Primeiro de Maio, Porecatu e Prado Ferreira.

O processo de pré-seleção será dividido em análise curricular, referências profissionais, entrevistas, estudos de caso, sabatina dos finalistas com participação popular e entrevistas com a banca avaliadora. Os selecionados devem ter experiência em cargos de liderança do setor público ou privado e perfil empreendedor. A escolha final caberá ao consórcio formado pelos dez municípios.

A iniciativa baseia-se na experiência da Prefeitura de Londrina (PR), que em 2016, em processo idealizado pelo então prefeito eleito Marcelo Belinati (PP) e com apoio da frente parlamentar, promoveu uma inédita seleção nacional para o titular da Secretaria Municipal da Educação. Participaram 129 candidatos de 12 estados. A professora e advogada Maria Tereza Paschoal de Moraes, ex-secretária municipal da Educação em Ourinhos (SP), foi a escolhida para o cargo.

Inovação
O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse durante a reunião na Câmara a iniciativa no norte paranaense terá apoio do governo federal. Segundo ele, o ministério pretende acompanhar e incentivar a integração de outras secretarias municipais.

“Existem muitas sinergias. Se os municípios atuarem juntos, terão um aproveitamento melhor, na discussão curricular para a formação dos professores, em compras que podem ser coletivas. Isso deve trazer ganhos de escala, um poder estratégico vinculado às vocações regionais”, afirmou.

Rossieli avaliou ainda que sempre se fala no Brasil em desenvolvimento regional, mas, na prática, isso não acontece. Segundo ele, além de inovação e redução de gastos, a iniciativa dos municípios paranaenses pode ser um passo inicial para que outros venham a buscar solução semelhante.

Reportagem - Alinne Castelo Branco
Edição - Ralph Machado

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