Educação, cultura e esportes

Deputados da base e da oposição pedem permanência de Haddad no MEC

17/11/2010 - 16:43  

Deputados da base governista e da oposição que participaram da audiência Pública com o ministro da Educação na Comissão de Educação e Cultura manifestaram apoio à permanência de Haddad no MEC. "Se a presidenta Dilma quiser que continue o avanço da educação, deve manter o ministro", disse o presidente da Comissão, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). Aplaudido pelos presentes, Haddad se limitou a dizer que a presidente deve ter liberdade para decidir.

Ainda sobre o Enem, Haddad afirmou que o exame se insere no contexto de democratização de acesso ao ensino superior, ao criar a possibilidade de os estudantes terem acesso às vagas e às bolsas disponíveis com base no exame. "O objetivo do Enem é trazer reflexos para a qualidade do ensino médio e transformar o gargalo em banda larga".

Críticas
No entanto, a ideia de usar o Enem como "passaporte" para o ensino superior foi criticada por parlamentares da oposição. O deputado Ivan Valente (Psol-SP) destacou que Enem se transformou em um mero exame de classificação para universidades. "Ele deixou de ser um parâmetro de qualidade do ensino médio para ser uma competição. Tenho dúvidas se democratiza o acesso ao ensino superior", afirmou.

Questionado pelo deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) sobre a qualidade do Ensino Médio, Haddad destacou que vêm sendo tomadas várias medidas para melhorar a qualidade desse nível de ensino. "Até 2006, o ensino médio estava excluído do Fundef, do bolsa-família e não havia material escolar ou programas de alimentação ou transporte", afirmou.

Inep
Haddad também defendeu o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Ele destacou que o instituto realiza o censo de 60 milhões de jovens por ano, faz a avaliação de 600 mil escolas e cuida da Prova Brasil, entre outras atribuições. "Podem ocorrer falhas, mas elas são apuradas. Vamos aceitar que houve um problema e solucioná-lo", afirmou.

Segundo o ministro, o Inep é um órgão muito preparado. Ele lembrou que, no último Enem, o instituto foi vítima de um crime, mas foi considerado “culpado” pela sociedade. "Não havia participação do Inep nas fraudes do ano passado", destacou. Ao falar dos problemas, Haddad reforçou a "capacidade de reação rápida" do MEC aos problemas e erros do Enem.

Reportagem - Rachel Librelon e Silvia Mugnatto
Edição - Patricia Roedel

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