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Câmara inclui constitucionalistas de 1932 entre Heróis da Pátria

10/07/2009 - 20:05  

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou ontem, em caráter conclusivo, a inscrição dos nomes de Mário Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. Eles lutaram na Revolução Constitucionalista de 1932 e morreram no confronto com tropas federais. Se não houver recurso para votação no Plenário, a proposta segue para análise do Senado.

A homenagem consta do Projeto de Lei 2002/07, do deputado Dr. Talmir (PV-SP), e foi relatada pelo deputado Jefferson Campos (PTB-SP), que apresentou parecer pela aprovação. Dr. Talmir argumenta que "há uma necessidade histórica e cultural da Nação de resgatar o espírito daquele movimento paulista, que foi, essencialmente, em prol da legalidade, do Estado de Direito".

A Revolução Constitucionalista foi a reação de um grupo de paulistas ao golpe de Estado de Getúlio Vargas em 1930. Depois do golpe, o novo governo decidiu extinguir o Congresso Nacional, as assembleias estaduais e as câmaras municipais. Foram nomeados delegados e interventores com o aval do presidente da República. Com isso, os paulistas perderam espaço político no País. O movimento constitucionalista queria a promulgação de uma nova Constituição e o fim do "governo provisório" de Vargas.

Usando iniciais dos nomes dos quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), foi formada a sigla MMDC, uma organização clandestina que lutou contra o governo Vargas. Os homenageados estão enterrados no mausoléu do Obelisco do Ibirapuera, na capital paulista.

Reportagem - Maria Neves
Edição - Marcos Rossi

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