Economia

Para distribuidoras, recarga em postos de combustível é inviável

08/12/2010 - 14:03  

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito do Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, acredita que a realidade brasileira inviabiliza a recarga de botijões nos postos de combustíveis. Para ele, a dificuldade de fiscalização, tanto na recarga quanto durante o transporte, poderia inclusive abrir uma brecha para que os botijões sejam carregados irregularmente em pequenas vans. "Trazer para a área urbana um serviço do setor industrial pode tornar a distribuição de botijões uma atividade de risco", afirmou Bandeira de Mello, em audiência pública encerrada há pouco na Comissão de Defesa do Consumidor.

De acordo com o representante das distribuidoras, atualmente são entregues cerca de 30 milhões de botijões de gás por mês no País. Por ano, aproximadamente 17 milhões precisam de reavaliação por deixarem de atender a critérios de segurança.

Também contrário ao PL 6618/06, que permite a recarga por postos revendedores, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais, José Eustáquio de Castro, afirmou que a proposta é falha em critérios técnicos e que sua aprovação pode deixar desempregados milhares de trabalhadores do setor que se qualificaram para realizar o transporte dos botijões de gás.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Oliveira

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: PL 6618/2006

Íntegra da proposta