Política e Administração Pública

CPI dá prazo até segunda para Petrobras enviar atas do Conselho de Administração

28/04/2015 - 14:31   •   Atualizado em 28/04/2015 - 15:03

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras deu prazo até a próxima segunda-feira (4) para a Petrobras enviar cópias das atas das reuniões do Conselho de Administração, bem como gravações de áudio e vídeo dos encontros. Os pedidos foram feitos à empresa há mais de um mês e não foram atendidos.

O prazo foi estabelecido na sessão da CPI que ouve o depoimento de Mauro Cunha, ex-integrante do Comitê de Auditoria da Petrobras. Segundo ele, as atas registram discussões internas que podem esclarecer por que a empresa, entre outras medidas, decidiu manter uma política de subsídio do preço dos combustíveis a partir de 2011, uma das causas dos prejuízos da Petrobras.

“A Petrobras teve um prejuízo de 100 bilhões de dólares com a política de combustíveis desde 2011 e as atas das reuniões vão mostrar a dimensão dos alertas que eram feitos à diretoria da empresa a respeito das consequências dessa prática e os motivos pelos quais esses alertas não tiveram efeito”, disse.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) sugeriu que a CPI faça uma busca e apreensão na sede da companhia caso os documentos não sejam enviados.

O deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) se ofereceu para participar da ação. “Ontem estivemos com a diretoria da Petrobras e nos foi garantido que essa documentação seria enviada em breve, por isso acho que a próxima segunda-feira é um prazo suficiente”, disse o presidente em exercício da comissão, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Retificação
Mauro Cunha retificou declaração dada por ele em seu depoimento à CPI a respeito do prejuízo da Petrobras com atos de corrupção, estimado em R$ 6 bilhões no balanço da empresa. “Eu não posso dizer que o valor é maior ou menor. O que eu quis dizer é que o valor é inapropriado, talvez uma forma de definir valores a serem devolvidos à empresa e baseado apenas no depoimento do (ex-diretor) Paulo Roberto Costa”, explicou. “O valor é incerto”, acrescentou.

Seu depoimento já foi encerrado, e será ouvido agora o ex-presidente do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) Nilo Carvalho Vieira Filho.

A CPI continua reunida no plenário 6.

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Reportagem – Antonio Vital
Edição – Marcos Rossi

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