Política e Administração Pública

PMB defende impeachment da presidente Dilma Rousseff

16/04/2016 - 18:55  

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O deputado Weliton Prado (PMB-MG), único representante do partido, defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff por ela ter cometido “estelionato eleitoral” ao não cumprir o que prometeu na eleição de 2014. Ele afirmou, porém, que a saída da presidente não vai resolver a situação econômica do Brasil.

“Vou votar favorável [ao impeachment], mas consciente que o impeachment não vai resolver, que a saída do Brasil seria a constituinte exclusiva, seguida de eleições diretas”, disse Prado. O PMB foi o último dos 25 partidos a falar sobre a admissibilidade da denúncia por crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff.

“Temos de separar os outros três mandatos [de governos do PT] e este último mandato da presidente. Eu votei e apoiei. Aconteceu um verdadeiro estelionato eleitoral. O que foi prometido não foi o que foi entregue depois das eleições”, afirmou o parlamentar.

Temer
Prado também criticou o vice-presidente, Michel Temer, por ter se aproveitado da crise econômica e da baixa popularidade do governo Dilma para buscar chegar à Presidência. “É igual vampiro. Com baixa imunidade, a Dilma ficou desprotegida. Ele esperou no primeiro mandato e não deu para atacar. No segundo mandato, ele viu que o governo fragilizou. O vampiro Drácula foi lá e atacou”, disse.

Outra reclamação de Prado foi com relação à negociação de cargos feitas pelo Executivo e pelo vice-presidente. “Acho absurdo que o governo está negociando cargos à vista e o vice está negociando cargos a prazo. Isso é deplorável”, afirmou. Ele disse que Temer, caso venha a chegar à Presidência, terá sua oposição todos os dias do ano.

Pedaladas
Para Weliton Prado, quem deve ou não analisar se houve crime de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff é o Senado. “Não tenho dúvida que, se houve crime, também houve o mesmo crime em governos anteriores e em governos estaduais”, disse.

O representante do PMB afirmou que deveria ser criada uma comissão especial para analisar possível crime de responsabilidade de Temer. “O processo não teve o mesmo andamento que o da presidente Dilma. Teve peso totalmente diferente. Um verdadeiro absurdo e desrespeito.” A comissão do impeachment de Temer ainda não foi instalada, como foi solicitado em liminar pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), por falta de indicação de membros por alguns partidos.

PT
O deputado também criticou a forma como foi tratado por ex-colegas de partido, com pedido de expulsão do partido, por ter votado a favor da redução da maioridade penal em 2015. “Fui perseguido pelo partido que eu fazia parte. O líder do meu partido falou que não aceitava sentar do meu lado. Não tive direito a apresentar defesa.”

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Reportagem - Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo

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