Comissão discute perseguição aos cristãos

"Para nós, Jesus nasceu de forma milagrosa, do Verbo de Deus, e foi colocado no ventre de Maria. (...) Nasceu de forma milagrosa, cumpriu a sua missão e voltará um dia para reinar em paz. E todos os muçulmanos terão que seguir Jesus". Com estas palavras, o presidente do Conselho de Ética da União Nacional Islâmica (UNI) e vice-presidente da União Mundial da Juventude Islâmica, Jihad Hassan Hammadeh, explicou o posicionamento da UNI na audiência pública para debater a perseguição aos cristãos por grupos radicais islâmicos.
14/05/2015 14h35

Foto: Claudia Guerreiro

Comissão discute perseguição aos cristãos

Comissão discute a perseguição de cristãos por muçulmanos extremistas

A reunião aconteceu na quinta-feira, 14/5, atendendo ao requerimento nº 24/2015, de autoria do Deputado Antônio Jácome.

Hassan Hammadeh explicou que quando aparecem estes grupos que se denominam Estado Islâmico ou Boko Haram, "eu não me reconheço neles". Em sua opinião "estes fanáticos extremistas retiram os trechos que quiserem do Alcorão para usarem da maneira que lhes convém". O presidente da UNI disse ainda que "eles matam muito mais muçulmanos do que cristãos".

Outro participante da mesa, José Roberto Martins Prado, coordenador do Projeto MAIS Refúgio, ponderou que, de fato, esta perseguição dos grupos extremistas "não atinge somente os cristãos, mas é uma perseguição aos direitos humanos". Por se tratarem de direitos humanos fundamentais, garantidos em convenção da qual o Brasil é signatário, o tema merece destaque.

José Prado, entretanto, lembrou que esta perseguição se dá de forma mais próxima aqui na América Latina, e é executada pelos narcotraficantes "que se voltam contra a Igreja tentando controlar território, em situações onde a Igreja batalha por educação, pela paz e pela justiça". Em uma amostra de dados, ele apontou que apenas na Colômbia existem mais de 1 milhão de cristãos nesta situação.

Apresentando dados recentes, o presidente da Missão Mundo Muçulmano, Máisel Rocha, informou que atualmente existem1, 6 bilhão de muçulmanos no mundo, sendo sua esmagadora maioria composta por fiéis pacíficos. "Há que se separar o Islamismo – a religião – do muçulmano, o seu adepto". Em sua conclusão, Máisel Rocha destacou que "em um ranking das 25 maiores nações, o Brasil ocupa o primeiro lugar em quesitos de liberdade religiosa e não-intervenção do Estado na religião das pessoas. Portanto, é fundamental que esta Casa, com base nestes princípios haja em função daqueles que estão pagando com suas próprias vidas por estes paradigmas teológicos".

 

 

 

Cláudia Guerreiro

Assessora de comunicação da CREDN

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