Jerusalém não pode ser usurpada, afirma Erika

A deputada Erika Kokay (PT-DF) abriu a reunião da Comissão de Legislação Participativa dedicada ao Dia de Jerusalém, sexta-feira, 1º, afirmando que “Jerusalém já viveu em grande harmonia, mas isso mudou com a inclusão de um Estado e a exclusão de um povo. Jerusalém não pode ser usurpada, e todos os povos têm o direito à autodeterminação”.
01/07/2016 17h15

Câmara dos Deputados

Jerusalém não pode ser usurpada, afirma Erika

Palestrantes da reunião com bandeira da Palestina

Marcos Tenório, do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), que solicitou a realização do evento, considerou que, hoje, “Jerusalém é uma cidade apartada, com a exclusão dos palestinos. Este dia simboliza também todos os povos que lutam pela paz, soberania e respeito aos direitos humanos”.

Ana Prestes, representando o PCdoB, lembrou que os comunistas brasileiros “historicamente defendem a causa palestina. Nos governos Lula e Dilma, o Brasil avançou muito no reconhecimento do Estado da Palestina”. Outro representante partidário, Toninho, do PSOL, informou que desde a fundação de sua entidade “levantamos a bandeira da liberdade e da causa palestina”.

A dirigente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Ana Izabel Gonçalves de Alencar, disse que “temos empatia pela dor dos palestinos. Não podemos ignorá-la. Lamentável que, em 2016, ainda exista tanta dor e sofrimento em Jerusalém”.

O embaixador Mohammad Ghanezadeh ressaltou que foi por proposta de seu país que se estabeleceu a última sexta-feira do Ramadã como Dia de Jerusalém: ”A República Islâmica do Irã desde o início se disponibilizou a ajudar o provo palestino em suas aspirações”.

Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina, expressou sua solidariedade ao Brasil, “neste momento em que enfrenta grandes dificuldades”. Enfatizou que “Jerusalém tem mais de 6 mil anos e nunca sofreu tanto como agora, sob o domínio dos sionistas. A cidade deve ser a capital do monoteísmo, dos judeus, dos cristãos e dos islâmicos”.

Malek Twal, embaixador da Jordânia, apontou que, na sua proposta de tratado de paz com Israel, seu país incluiu um capítulo especial sobre “Jerusalém livre para todas as religiões. Jerusalém significa cidade sagrada e uma cidade sagrada não pode estar sob ocupação, mas deve ser livre e aberta para todas as crenças”.

Estiveram presentes na celebração diplomatas da Síria, Marrocos, Nicarágua, Cuba, Turquia, Angola, Jordânia, Suriname, Argélia e Irã, além do público brasileiro.