Conheça a acusação contra Paulo Feijó e a sua defesa

17/10/2006 - 11:29  

Acusação:
O deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ) é acusado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin de fazer acordo para receber uma comissão de 10% sobre o valor de suas emendas que fossem executadas por meio do esquema das sanguessugas.
Emendas em benefício de vários municípios do Rio, em 2003 e 2004, teriam sido executadas por intermédio de empresas de Vedoin. Vedoin disse que as entidades beneficiadas teriam sido indicadas por Feijó, que apontou os nomes das pessoas a ser procuradas nas entidades para acertar as fraudes das licitações.
Vedoin disse também que pagava comissões para assessores de Feijó. O percentual não era fixo. Disse que dinheiro era depositado nas contas de Ricardo Mello, Daniela Rode Guimarães e Zélia Cardoso de Mello, esposa de Ricardo.
De acordo com Darci José Vedoin, pai de Luiz Antônio, os depósitos de pequeno valor, entre de R$ 1 mil e R$ 2 mil, eram destinados ao próprio servidor, enquanto que os superiores a esses valores eram para o parlamentar.

Defesa:
O deputado Paulo Feijó afirma que, ao longo dos seus três mandatos consecutivos, deu prioridade à área de saúde na elaboração de suas emendas ao Orçamento. Essas emendas, segundo ele, sempre foram destinadas às regiões norte e noroeste do Rio.
Feijó relata que, em 2002, o empresário Darci Vedoin o visitou no gabinete, apresentando-se como "assessor parlamentar" de diversas prefeituras em todo o País, inclusive no Rio de Janeiro. De acordo com Feijó, Darci tentou convencê-lo a mudar os municípios para os quais havia destinado emendas "utilizando o argumento de que deveria ampliar as bases de apoio eleitoral". O deputado Feijó afirma ter se negado a atendê-lo.
Feijó diz que não sabia ser Darci Vedoin proprietário de uma empresa de equipamentos médicos e de ambulâncias. "Até o denominado `escândalo das sanguessugas`, imaginava que Darci Vedoin fosse uma espécie de lobista", explica.
Na única ocasião em que esteve pessoalmente com Vedoin, o empresário não ofereceu nenhuma vantagem financeira a título de direcionamento de emendas, completa o deputado. "A única promessa que fez foi que, se direcionasse emendas a outros municípios, ampliaria a [minha] base eleitoral", diz Feijó.
O deputado acrescenta que jamais autorizou nenhum assessor a tratar qualquer tipo de negócio com os donos da Planam e que desconhecia a existência dos depósitos mencionados no depoimento de Luiz Antônio Vedoin.

Da Redação/RT e SC

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