Legislação Informatizada - Decreto nº 12.508, de 6 de Junho de 1917 - Publicação Original

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Decreto nº 12.508, de 6 de Junho de 1917

Concede autorização á Companhia de Bondes Electricos Campo Grande-Guaratiba, para funccionar na Republica

     O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil, attendendo ao que requereu a Companhia de Bondes Electricos Campo Grande-Guaratiba, sociedade anonyma, com séde na Noruega, e devidamente representada, decreta:

     Artigo unico. E' concedida autorização á Companhia de Bondes Electricos Campo Grande-Guaratiba, para funccionar na Republica com os estatutos que apresentou, mediante as clausulas que a este acompanham assignadas pelo Ministro de Estado dos Negocios da Agricultura, Industria e Commercio, ficando, porém, a mesma companhia obrigada ao cumprimento das formalidades exigidas pela legislação em vigor.

Rio de Janeiro, 6 de junho de 1917, 96º da Independencia e 29º da Republica.

WENCESLAU BRAZ P. GOMES.
José Rufino Beserra Cavalcanti.

Clausulas que acompanham o decreto n. 12.508, desta data

I

     A Companhia de Bondes Electricos Campo Grande-Guaratiba é obrigada a ter um representante geral no Brasil, com plenos e illimitados poderes para tratar e definitivamente resolver as questões que se suscitarem, quer com o Governo, quer com particulares, podendo ser demandado e receber citação inicial pela companhia.

II

     Todos os actos que praticar no Brasil ficarão sujeitos unicamente ás respectivas leis e regulamentos e á jurisdicção de seus tribunaes judiciarios ou administrativos, sem que, em tempo algum, possa a referida companhia reclamar qualquer excepção fundada em seus estatutos, cujas disposições não poderão servir de base para qualquer reclamação concernente á execução das obras ou serviços a que elles se referem.

III

     Fica dependente de autorização do Governo qualquer alteração que a companhia tenha de fazer nos respectivos estatutos.

     Ser-lhe-há cassada a autorização para funccionar na Republica, si infringir esta clausula.

IV

     Fica entendido que a autorização é dada sem prejuizo do principio de achar-se a companhia sujeita ás disposições de direito que regem as sociedades anonymas.

V

     A infracção de qualquer das clausulas para a qual não esteja comminada pena especial será punida com a multa de um conto de réis (1:000$000) a cinco contos de réis (5:000$000), e no caso de reincidencia com a cassação da autorização concedida pelo decreto em virtude do qual baixam as presentes clausulas.

Rio de Janeiro, 6 de junho de 1917. - José Rufino Beserra Cavalcanti.


Este texto não substitui o original publicado no Coleção de Leis do Brasil de 06/06/1917


Publicação:
  • Coleção de Leis do Brasil - 6/6/1917, Página 500 Vol. 2 (Publicação Original)