14/10/2013 Deputados da Comissão de Seguridade Social vão a Formosa acompanhar julgamento de crime contra a mulher
Uma comissão externa de parlamentares da Comissão de Seguridade Social e Família e integrantes da bancada feminina da Câmara dos Deputados vão à cidade de Formosa (GO) nesta quarta-feira (16/10) para acompanhar a investigação e o julgamento de Paulo Cesar Freire Loyola, acusado de assassinar a facadas a ex-companheira, Fernanda Karla Porto, em novembro de 2011, diante do filho de três anos de idade.
A irmã da vítima, Iara Porto, pediu ajuda à bancada feminina e alertou para o risco de absolvição de Paulo Freire Loyola, cujo julgamento está previsto para a próxima sexta-feira, 18 de outubro. Segundo Iara Porto, os casos de violência contra a mulher ainda são comuns nas famílias da região. Levantamento da Comissão Parlamentar Mista de Investigação da Violência contra a Mulher confirmou que Formosa é a cidade com maior índice de violência contra a mulher no estado de Goiás. No ranking nacional, é a vigésima cidade mais violenta, com taxa de 14 assassinatos para cada grupo de 100 mi mulheres. A média nacional é bem menor, de 4,4.
A comissão externa, formada pelas deputadas Jô Moraes (PCdoB-MG), Erika Kokay (PT-DF), Marina Sant'Anna (PT-GO), Magda Mofatto (PTB-GO), Flávia Morais (PDT-GO), Íris de Araújo (PMDB-GO), Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e pelo deputado Paulo César (PSD-RJ), irá se reunir com o juiz da comarca de Formosa, Fernando Oliveira Samuel, na manhã desta quarta-feira, às 9h. Também participam da reunião a presidente do Conselho Estadual da Mulher de Goiás, Angela Café, e a secretária da Mulher de Goiânia, Tereza de Souza.
Além de prestar apoio à família da vítima e de fiscalizar as medidas adotadas pelas autoridades locais no caso da morte de Fernanda Karla Porto, a comissão externa da Câmara também vai participar de uma audiência pública, às 10h, na Câmara Municipal de Formosa. O objetivo é diagnosticar as lacunas existentes na prestação de segurança pública e jurídica às mulheres vitimadas e suas famílias e buscar propostas de aperfeiçoamento das políticas de combate à violência contra a mulher.
O Brasil é o sétimo país em que mais mulheres são violentadas e mortas no mundo. De 2001 a 2011, 50 mil mulheres foram assassinadas, vítimas de violência doméstica e familiar, o que equivale a 5 mil mortes por ano, 15 por dia ou a uma mulher morta a cada uma hora e meia.