A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados promove amanhã (07/05), a partir das 14h, o seminário “Faces da Violência contra a Mulher”. O objetivo é debater as formas de violação dos direitos humanos da mulher e as experiências bem-sucedidas de proteção da mulher. Está prevista a participação da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci.
Durante o evento, será lançada a publicação Tolerância institucional à violência contra as mulheres, organizada por Nina Madsen e Masra de Abreu, sob a coordenação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA).
Entre os temas que serão debatidos no seminário estão a violência sexual e a violência obstétrica. Também será analisada a experiência da Patrulha Maria da Penha, no Rio Grande do Sul, uma ronda policial passando pelos lares e estabelecimentos onde há riscos de violência contra a mulher. A estratégica tem obtido bons resultados, segundo informações da Brigada Militar gaúcha.

Tema complexo
A violência contra a mulher é persistente e complexa, assumindo diferentes formas no ambiente social. Pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) de 2013 confirma dados do Mapa da Violência: não houve mudanças estatisticamente significativas na mortalidade de mulheres por agressões após a Lei Maria da Penha.
Outro estudo da mesma instituição, divulgado em março de 2014, revelou que 58,5% dos entrevistados – um percentual equivocado, como se soube depois – concordavam com a expressão “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”, revelando aceitação social à ideia de culpa da mulher pela agressão da qual é vítima. Mesmo após a correção do erro técnico, ficou demonstrado que 26% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “mulheres com roupa curta merecem ser atacadas”.
O estudo é acompanhado de denúncias de ameaças de estupro, do uso da internet para promover violência sexista e de denúncias de coletivos que se organizam para promover abusos sexuais contra mulheres no transporte público.

Serviço

Local: Plenário 9

Horário: Das 14h às 17h