Programadores e desenvolvedores participam, de terça (29) a sexta-feira (1º) da semana que vem, da 1ª Maratona Hacker da Câmara dos Deputados, o Hackathon 2013. Durante o evento, os 50 participantes selecionados vão desenvolver soluções web para ampliar a transparência na divulgação de informações públicas da Casa por meio de tecnologias digitais. O objetivo do concurso de aplicativos é mobilizar a sociedade para a busca de melhorias do processo legislativo e do trabalho dos parlamentares.

Na terça-feira, a Câmara promove debates sobre o processo legislativo, o funcionamento da instituição, as ações de tecnologia da informação e as iniciativas de estímulo à participação popular. Mais tarde, das 20h à meia-noite, haverá a projeção de um vídeo, na cúpula da Câmara, com imagens do Brasil e da participação dos cidadãos nas atividades legislativas.

O presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) vai participar de um bate-papo informal com os participantes. Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), integrante da Comissão Avaliadora do concurso, e Alessandro Molon (PT-RJ), relator da proposta que cria o marco civil da internet, também fazem parte das rodas de discussão e vão falar, respectivamente, sobre  software livre e mandato aberto.

 
Nos quatro dias da maratona, os participantes terão à disposição um ambiente hacker montado no Salão Branco da Câmara, com mesas, sofás, projetores e acesso à rede de internet Wi-Fi e a cabo. Cada um vai trazer seu próprio laptop e desenvolverá o projeto apresentado durante a fase de inscrição do concurso, utilizando as informações legislativas e parlamentares que já estão disponíveis como dados abertos no portal da Câmara. Os dados são fornecidos em formato bruto, acessíveis em linguagem de informática, para que possam ser cruzados de acordo com o interesse do pesquisador. A ativista Daniela Silva, do movimento Transparência Hacker, será moderadora do concurso e vai acompanhar a evolução dos projetos em desenvolvimento pelos participantes.

O formato do Hackathon estimula o desenvolvimento de aplicativos que sejam por si mesmos implementáveis, ou seja, que não dependam de nenhuma integração com os sistemas tecnológicos da Câmara. Por isso, aplicativos desenvolvidos em qualquer plataforma serão aceitos, desde que apresentem resultados relevantes e úteis para o interesse público e tenham boa qualidade técnica.  Tais aplicativos serão disponibilizados em página do portal da Câmara, acessível a qualquer cidadão, e, quando possível, serão integrados a outras informações, sistemas e aplicativos da Câmara.

Comissão Avaliadora
A Comissão Avaliadora do concurso é formada por Alexandre Gomes, administrador da SEA Tecnologia; André Sathler, diretor da Coordenação de Pós-Graduação da Câmara; pelos jornalistas Fabiano Angélico e Patrícia Cornils; por Nitai Bezerra, analista em TI do Ministério do Planejamento e integrante da coordenação de Infraestrutura Nacional de Dados Abertos; pelo deputado federal Paulo Pimenta, autor de projetos que buscam ampliar a participação da sociedade nas decisões do Congresso, por meio da internet; Tiago Peixoto, diretor de pesquisa do Electronic Democracy Center, integrado pela Universidade de Zurique, Instituto Europeu, e Oxford Internet Institute; Yasodara Córdova, da Developer Relations no W3C Brasil, entidade que defende os princípios da internet; Wagner Meira Jr., professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais.

A lista da comissão avaliadora, com a experiência e formação de todos integrantes, está em https://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/edulegislativa/hackathon/hackathon-maratona-hacker

Premiação
O concurso é organizado pela Câmara dos Deputados, em parceria com o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) e com o apoio da Esaf, Escola de Administração Fazendária. Os autores dos três projetos vencedores receberão, cada um, o valor de R$ 5.000,00, prêmio patrocinado pelo Sindilegis