24/10/25 - Congresso se ilumina de verde pelo combate ao preconceito contra pessoas com nanismo
O Congresso Nacional será iluminado de verde neste sábado (25/10) e domingo (26) em apoio ao Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo e em celebração ao Dia Internacional de Conscientização sobre a Síndrome de Apert.
O Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo, fixado em 25 de outubro, tem como foco enfrentar a discriminação, praticada sobretudo por meio de piadas e pela infantilização das pessoas com nanismo –– as quais devem ser tratadas conforme essa designação, e não pelo uso de palavras e expressões pejorativas.
Dados
Não há dados precisos sobre o número de pessoas que apresentam esta condição no Brasil, mas, segundo o Instituto Nacional de Pessoas com Nanismo (INN), estima-se que a cada 10 mil nascimentos cerca de três pessoas tenham nanismo. A condição se caracteriza por uma deficiência no crescimento, que resulta em uma pessoa com menor estatura que a média da população de mesmo sexo e idade.
Embora existam em torno de 750 tipos diferentes de nanismo descritos pela medicina, aproximadamente 80% das pessoas têm acondroplasia, que é um tipo de nanismo de origem genética e se caracteriza pelas partes do corpo que são desproporcionais entre si.
As causas do nanismo incluem uma combinação de fatores genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais. Não há tratamento específico para reverter a condição. O acompanhamento das diferentes formas de nanismo deve ser multidisciplinar, envolvendo pediatras, endocrinologistas, ortopedistas, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas e outros profissionais.
Além da discriminação social, pessoas com nanismo enfrentam dificuldades significativas de acesso a ambientes. Por isso, é fundamental adaptar espaços e garantir a acessibilidade a serviços públicos, oportunidades de trabalho, educação e lazer.
Síndrome de Apert
A Síndrome de Apert é uma condição genética rara, caracterizada por deformidade craniofacial e nos dedos das mãos e dos pés. Segundo a Associação Brasileira da Síndrome de Apert (ABSA), a condição afeta aproximadamente 1 em cada 65.000 a 88.000 nascidos vivos.
A síndrome é causada por mutações no gene FGFR2. Os sintomas variam, mas podem incluir atraso no desenvolvimento, dificuldades cognitivas e problemas de alimentação e respiração. A síndrome compromete a qualidade de vida das pessoas acometidas, exigindo intervenções cirúrgicas desde os primeiros anos de vida e acompanhamento contínuo.
O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo fisioterapia, para melhorar a mobilidade e a força dos músculos; terapia ocupacional, para desenvolvimento de habilidades motoras finas; apoio psicológico para pacientes e famíliares; e educação especializada, a fim de maximizar o potencial acadêmico e social das crianças com a síndrome.