A partir de hoje (23/9) até o próximo dia 26, o Congresso Nacional recebe iluminação azul em celebração a diversas campanhas internacionais. Desta segunda-feira até quarta-feira (25/9), a cor marca o Dia Internacional das Línguas de Sinais (23 de setembro) e do Dia Nacional do Surdo (26 de setembro).

O Dia Internacional das Línguas de Sinais, comemorado anualmente em 23 de setembro, foi proclamado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo apoiar a identidade linguística e a diversidade cultural de todos os indivíduos surdos e outros utilizadores de línguas de sinais.

A linguagem de sinais é uma forma visual de comunicação que usa gestos com as mãos, linguagem corporal e expressões faciais para transmitir significado. Semelhante às línguas faladas, e ao contrário da suposição geral, as línguas de sinais não são universais e variam de país para país. Existem mais de 300 línguas de sinais diferentes em uso em todo o mundo.

No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) se tornou uma ferramenta essencial para a inclusão não só das pessoas surdas ou com deficiência auditiva significativa, mas também das com deficiências de comunicação, como mutismo.

Deficiência auditiva

Quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo ─ ou uma a cada quatro pessoas ─ viverão com algum grau de perda auditiva até 2050, segundo o primeiro Relatório Mundial sobre Audição, divulgado em 2021 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Atualmente, segundo a ONU, o mundo tem mais de 70 milhões de pessoas com deficiência auditiva. No Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, existem 2,2 milhões de pessoas com deficiência auditiva.

Em crianças, quase 60% da perda auditiva pode ser evitada por meio de medidas como imunização para prevenção da rubéola e meningite, melhoria da atenção materna e neonatal e triagem e tratamento precoce de otite média – doenças inflamatórias do ouvido médio.

Em adultos, o controle de ruído, a escuta segura e a vigilância de medicamentos tóxicos para a audição, além da higiene do ouvido, podem ajudar a manter uma boa audição e reduzir o potencial de perda auditiva. A identificação é o primeiro passo para lidar com a perda auditiva e doenças relacionadas.

Ataxia

Nos dias 25 e 26 de setembro, a iluminação azul do Congresso irá celebrar o Dia Internacional de Conscientização da Ataxia (25/9). A ataxia é representada pela perda de coordenação dos movimentos voluntários, sintoma que faz parte do quadro clínico de diversas desordens neurológicas.

Há ainda um quadro de ataxia relacionado a um transtorno degenerativo específico do sistema nervoso central, causado por alterações genéticas hereditárias que podem afetar homens e mulheres de todas as idades. Em alguns casos, a desordem pode ser reversível, desde que tratada a doença subjacente que causou o transtorno. Em outros casos, os danos são progressivos e os recursos terapêuticos se voltam para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

O diagnóstico se baseia na avaliação clínica, física e neurológica do paciente, no levantamento da história pessoal e familiar da doença e na idade do início dos sintomas. A equipe de tratamento inclui neurologista, oftalmologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e nutricionista. Ainda não há cura definitiva para a enfermidade.

Dia Marítimo

Também nos dias 25 e 26 de setembro, a iluminação do Congresso na cor azul marcará O Dia Marítimo Mundial, cuja data oficial é 28 de setembro. O dia é celebrado pelos 175 Estados-Membros da Organização Marítima Internacional (IMO), dentre eles o Brasil.

O objetivo da data é fortalecer o entendimento da atividade marítima como imprescindível para a manutenção da economia e do comércio global, além de promover a segurança da navegação, divulgar ações que protegem o ambiente marinho e destacar os feitos dos profissionais do mar.