10/03/23 - Congresso recebe iluminação vermelha em apoio ao enfrentamento do vírus HIV e da tuberculose

Entre os dias 9 e 19 de março, o Congresso Nacional ficará iluminado de vermelho em apoio às campanhas de enfrentamento do vírus HIV e da tuberculose.

A campanha relacionada às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e ao HIV/Aids tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção, da testagem e da proteção dos direitos de pessoas infectadas com o HIV, ainda vítimas de preconceito social.

De acordo com estimativa de 2021 do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de pessoas vivem com o vírus da Aids no Brasil. Segundo dados da secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, cerca de 108 mil brasileiros, na maioria jovens entre 15 e 24 anos, não tem o diagnóstico da infecção.

Pessoas contaminadas pelo vírus são consideradas soropositivas, mas podem ou não desenvolver Aids. De qualquer forma, qualquer pessoa soropositiva, com carga viral detectável, pode transmitir o vírus, por isto a prevenção é fundamental. A transmissão pode ocorrer por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são adotadas as devidas medidas de prevenção.

Prevenção e tratamento

O uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C. Outras medidas importantes para prevenir a disseminação das ISTs são a testagem regular e o tratamento ou controle medicamentoso das infecções.

O tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais, que impedem que o vírus se replique dentro das células e evitam, assim, que a imunidade caia e a Aids apareça. O atendimento e o tratamento da maioria das ISTs são gratuitos nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Tuberculose

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, 24 de março, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do descobrimento do bacilo causador da doença pelo médico Robert Koch.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Segundo a OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Há cerca de 8,8 milhões de doentes e 1,1 milhão de mortes por ano no mundo. O Brasil está em 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Os sintomas mais comuns da tuberculose são: tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado; e rouquidão.

Alguns pacientes não exibem sintomas, o que pode fazer com que a doença seja confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas. A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.

Prevenção e tratamento

A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença.

Há também vacina contra a tuberculose - a BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença.