22/05/2019 17:31 - Trabalho
Radioagência
Representantes do transporte rodoviário de cargas defendem aprovação da reforma da Previdência
Representantes do transporte rodoviário de cargas defendem na Câmara dos Deputados a aprovação da reforma da Previdência como instrumento para o reequilíbrio das contas públicas e para a retomada do crescimento econômico do País.
Vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti disse que a reforma é essencial para retomada dos investimentos privados. Ele participou do 19º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, promovido pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara (22/5).
"A questão da reforma previdenciária é fundamental para que nós possamos ter um reequilíbrio nas contas públicas e que possamos realmente colocar esse Brasil no crescimento que é necessário para todos nós. Todas as discussões e tudo que se tem falado sobre tabelamento de frete, tudo isso é válido, mas só existe porque o Brasil não cresce."
Ao justificar a reforma, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, que também participou do seminário, disse que o sistema atual é insustentável e comprime os orçamentos da União, de estados e de municípios, limitando os investimentos. Marinho também acredita que, ao trazer previsibilidade e segurança jurídica, a reforma pode estimular a retomada do crescimento econômico.
Favorável à reforma pelas mesmas razões, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, aproveitou o seminário para defender a Lei do Piso Mínimo do Frete (13.703/18). Segundo ele, diversos benefícios conquistados pela categoria, como o vale pedágio e a isenção do pagamento do eixo suspenso, acabaram criando uma distorção no mercado, ao favorecer empresas transportadoras, que aumentaram suas frotas e desequilibraram a oferta de serviços no setor.
"O que para uns é tabelamento de preço, para o caminhoneiro representa o preço da sua dignidade."
Para o deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que propôs o seminário, o transporte rodoviário de cargas merece mais respeito do governo pela importância logística. Ele lembrou a greve que parou o País por 11 dias em maio de 2018.
"O Gonzaga não estava nada certo. Ele disse que seriam todos os transportadores de carga do Brasil e foram alguns transportadores autônomos que pararam e o Brasil parou. Completa hoje um ano e eu não vejo por parte do governo - e não é apenas do governo atual - respeito por esse transporte."
Por sua vez, o deputado Bosco Costa destacou o preço do óleo diesel como parte significativa do custo operacional do caminhoneiro. Segundo ele, 65% de todo o custo da operação são impactados pelo preço do diesel.