Política e Administração Pública

Cunha reitera defesa de recursos e afirma ser vítima de vingança política

12/07/2016 - 18:31  

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O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) falou por mais de duas horas à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e questionou, ponto a ponto, as interpretações contrárias a seus recursos contra a decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar de encaminhar ao Plenário o pedido de cassação do seu mandato. “Foram muitas nulidades, e um processo não pode prosperar com tantos problemas”, disse.

Cunha afirmou que os critérios usados pelos adversários dele no conselho eram contraditórios com as teses defendidas por eles no processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Significa que amanhã vale tudo quando a gente quer exercer uma vingança política”, declarou.

Ele reclamou que, com à sua ausência da Câmara desde o afastamento decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio, sua defesa não pode ser feita da melhor forma.

Cunha reiterou que só pode ser julgado pela denúncia que foi aceita pela Câmara, a de que ele teria mentido à CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior. O ex-presidente disse que o truste do qual ele participa na Suíça não se trata de uma conta, e que ele não é o beneficiário dos recursos, razão pela qual o dinheiro não deveria ser declarado à Receita Federal nem à CPI. Cunha sustentou que não mentiu à CPI e, por isso, deveria ter sido inocentado pelo Conselho de Ética.

A reunião da CCJ prossegue no plenário 1.

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Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcelo Oliveira

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