Educação, cultura e esportes

Ministro reafirma investimentos de R$ 1,5 bilhão para ensino integral

28/11/2016 - 19:14  

Gilmar Felix / Câmara dos Deputados
Audiência pública (interativa) da Comissão Mista sobre a MP 746/16, que reforma o currículo do ensino médio. Ministro da Educação, José Mendonça Filho
Mendonça Filho: reestruturação vai privilegiar o ciclo básico

O ministro de Estado da Educação, Mendonça Filho, reafirmou que o governo vai investir R$ 1,5 bilhão para financiar a educação em tempo integral, entre 2017 e 2018.

Ele participou nesta segunda-feira (29) de audiência pública na comissão mista que analisa a MP do Ensino Médio (MP 746/16). Segundo o ministro, o objetivo é ampliar a oferta de matrículas no ensino integral de 380 mil para mais de 900 mil até o final da gestão do presidente Michel Temer.

“O que nós queremos é dobrar a oferta de vagas nas escolas em tempo integral em apenas dois anos, o que já é uma ousadia muito grande”, afirmou.

Segundo Mendonça Filho, a pasta passa por restruturação que privilegia o ciclo básico, em vez de pagamentos a instituições de ensino superior. “Nessa lógica de revalorização da educação básica em relação à educação superior, creio que teremos folgas para ampliar investimentos”, avaliou.

O ministro observou ainda que, entre 2010 e 2016, os investimentos na educação superior foram da ordem de R$30 bilhões, enquanto na educação básica foram investidos R$10 bilhões. Ainda assim, 82% dos jovens em idade universitária, entre 18 e 24 anos, estão fora do ensino superior, disse.

Ensino técnico
Sobre a educação profissionalizante, o ministro lembrou que a metodologia com trilhas acadêmicas e vocacionais e com base comum reduzida já é adotado em países como Austrália, Coreia do Sul e Finlândia, enquanto o Brasil tem base de 3 anos e trilha única. 

“Somos uma verdadeira jabuticaba que infelicita e compromete o futuro dos jovens. Não tem sentido que alguém que vá cursar pedagogia ou direito tenha a mesma ênfase em disciplinas como física que aquele que vai cursar engenharia”, ressaltou.

Mendonça Filho observou que as novas regras devem entrar em vigor após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deve ocorrer em 2017.  A partir daí, caberá aos estados organizar o currículo próprio ouvindo os conselhos de Educação. As escolas poderão oferecer cursos na vertente acadêmica, técnico-profissional ou em ambas.

Reportagem - Emanuelle Brasil
Edição - Rosalva Nunes

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