Política e Administração Pública

Comissão convida cinco ministros para dar explicações na Câmara

03/08/2011 - 13:50  

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou nesta quarta-feira convites a cinco ministros e ao presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, para virem à Câmara esclarecer denúncias de irregularidades em seus respectivos órgãos. Os requerimentos foram apresentados pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) e seguem a estratégia do seu partido de pedir explicações para todas as denúncias contra o governo.

Originalmente, os requerimentos pediam a convocação das autoridades, mas foram convertidos em convite, em razão de acordo com o governo, que não se opôs à vinda de ministros e outros dirigentes para dar explicações aos deputados.

Foram convidados:
- o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para prestar esclarecimentos sobre notícias que apontam seu envolvimento em negociações de contratos para obras rodoviárias e ferrovias em execução ou a serem executadas no Paraná, “no bojo do descontrole da execução financeira das obras sob a responsabilidade do Ministério dos Transportes”. O suposto envolvimento do ministro teria ocorrido no ano passado, quando ele era ministro do Planejamento;

- o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, para prestar esclarecimentos sobre possíveis irregularidades praticadas no âmbito do Ministério dos Transportes, bem como sobre as medidas adotadas para saná-las e para reduzir os custos de obras e serviços relativos às rodovias brasileiras;

- o ministro das Cidades, Mário Negromonte, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades na destinação de verbas e possível favorecimento de empresas doadoras de campanhas políticas;

- os ministros do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, Afonso Florence e Izabella Teixeira, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de ocupação ilegal de terras em áreas de proteção ambiental e de assentamentos destinados à reforma agrária;

- o presidente da ANP, Haroldo Lima, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades e indícios de corrupção na agência – como cheques, e-mails, relatos de empresários vítimas de extorsão e até um vídeo em que uma advogada que atua no ramo é intimidada por dois assessores da ANP.

Da Redação/WS

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