O Pró-Adolescente, da Câmara dos Deputados, recebe prêmio por ações voltadas para o desenvolvimento social e profissional de estudantes carentes

O Programa de Pró-Adolescente, promovido pela Câmara dos Deputados, foi o vencedor do Prêmio Candango de Excelência, na categoria Projetos Sociais - desenvolvidos por pessoas jurídicas.

O prêmio será entregue à Secretaria Executiva do Programa Pró-Adolescente na próxima terça-feira (19), na abertura do 16º Encontro Anual de Recursos Humanos do Planalto Central. A premiação foi instituída pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) com o objetivo destacar profissionais e organizações que implementam ações voltadas para a gestão e desenvolvimento de recursos humanos.

O Programa Pró-Adolescente existe na Câmara desde 2003 e tem o objetivo de promover o desenvolvimento social e profissional de estudantes carentes, uma maneira de aumentar as chances de inserção desses jovens no mercado de trabalho.

Atualmente o programa conta com 418 adolescentes, que trabalham de segunda a sexta-feira, com jornada de trabalho de 4 horas diárias. Eles recebem um salário mínimo, vale-transporte, vale-alimentação, crachá de identificação, uniforme e, principalmente, aprendem.

Mais de 3 mil jovens estudantes já passaram pelo Pró-Adolescente. Durante um ano, eles são submetidos a um programa de capacitação feito pelo Centro Salesiano do Menor (Cesam) na cidade de Ceilândia, na periferia de Brasília. Lá, aprendem a desempenhar funções que podem abrir caminho no mercado de trabalho, como atendimento ao público e telefônico; técnicas de recepção; noções de secretariado; técnicas de protocolo; produtos e serviços do correio; almoxarifado/estoque; tipos e métodos de arquivamento; redação oficial e comercial; organograma e fluxograma; digitação e uso de Windows, Word e Excel.

O Pró-Adolescente faz parte das ações de responsabilidade social da Câmara dos Deputados há mais de 10 anos. "A premiação é a oportunidade de divulgar o trabalho social que vem sendo desenvolvido com os adolescentes participantes do programa. Uma prova disso é o depoimento do adolescente Jonathan, que fez parte do relato de experiência apresentado para o Prêmio Candango", disse a secretária-executiva do programa, Juliene Botelho Dantas

O testemunho de Jonathan Vogt, 16 anos, impressionou a comissão julgadora. "O trabalho na Câmara dos Deputados faz parte de um contexto em que o jovem é amparado e tem um suporte muito grande para o seu desenvolvimento pessoal e como cidadão. Dessa oportunidade o jovem pode extrair não só o apoio financeiro e a experiência profissional, mas também aprender valores e conquistar um bem maior, que é a auto-estima. Eu posso dizer isso porque os resultados realmente existem e eu sou uma prova disso, assim como tantos outros adolescentes do programa que, como eu, só têm a agradecer", disse.

Os adolescentes, oriundos de famílias com renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo, ingressam no programa aos 15 anos. Eles têm que estar matriculados e cursando a partir da 7ª série do Ensino Fundamental e morar no Distrito Federal.

A estudante Leicyan Carolina da Silva, 17 anos, participa do programa há quase três anos e diz que, além do amadurecimento profissional, o Pró-Adolescente é uma maneira de se preparar para o mercado de trabalho. "Aqui nós conseguimos uma base para encarar o mercado de trabalho. Eu fiz vários cursos administrativos que vão me ajudar bastante", disse.