Niemeyer recebe homenagem da Câmara
29/01/2014 13h04
Arquiteto que desenhou o prédio do Congresso ganhará placa no Salão Verde em homenagem que acontece na próxima quarta (12)
Às vésperas de completar 100 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer ganhará uma placa numa de suas obras mais conhecidas – o prédio do Congresso Nacional, tombado semana passada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). A homenagem prestada pela Câmara dos Deputados será na quarta-feira (12), às 10h00, no Salão Verde, onde ficará a placa comemorativa.
Na solenidade de homenagem ao centenário de Niemeyer será apresentado um vídeo, de três minutos, com depoimentos a respeito do prédio do Congresso Nacional e por que ele é especial, com imagens históricas com o presidente Juscelino Kubitschek. Na cerimônia haverá ainda o lançamento de cartão postal feito pelo Sesc com a logo do ano do centenário de Niemeyer que será distribuído para os turistas que visitam o Congresso todos os dias. Além disso, será descerrada uma placa na parede alusiva ao tombamento do prédio.
Além de se inserir na programação do centenário de Niemeyer, a decisão do tombamento coincide com os 70 anos do Iphan, completados no último dia 30 de novembro e os 20 anos do tombamento de Brasília pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que foi comemorado em 11 de dezembro. Também faz parte dos festejos, os 50 anos do concurso do plano urbanístico da nova capital – o Plano Piloto, vencido por Lúcio Costa, em abril de 1957.
Segundo Danilo Matoso Macedo, arquiteto da Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional é o prédio que Niemeyer mais gosta em Brasília. Não só pela característica simbólica, mas pela sua implantação. A terraplenagem na área faz que com as cúpulas, apesar de estar em cima de um prédio, olhando da Rodoviária, parecem que estão pousadas no chão.
Danilo relata que existem muito folclore sobre a parte do prédio relativa à Câmara, mas a verdade é que as cúpulas representam os poderes e em função do número maior de deputados e da importância popular.
"Na visão do Oscar socialista, pode-se ver que o prédio é assimétrico. A torre não fica no meio, no centro do Eixo Monumental. O espaço simbólico, dedicado à cúpula da Câmara é maior. Ele acha que a Câmara possui maior importância no conjunto, por representar diretamente o povo", disse.
Os arquitetos da Câmara dos Deputados foram sempre muitos ligados ao escritório dele. Por vezes, quando vinha a Brasília, ele se instalava numa das salas do Anexo I, para trabalhar. "Através deste contato muito estreito, sempre que se fazia algum anexo, adição ou grande reforma, Oscar era convidado" complementa Danilo.
Niemeyer trabalhou na sua obra no Congresso Nacional até mesmo quando estava no exterior. A construção do prédio do anexo IV, a única obra de órgão público feita por ele, foi concebida durante o exílio dele em Paris.
Conselho de arquitetos
No bojo das comemorações os arquitetos têm uma boa notícia. A Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei que institui o Conselho de Arquitetos e Urbanistas que também foi aprovado pelo Senado e falta só sanção presidencial. Além disso, os arquitetos de Brasília, especialmente os da Câmara, criaram o Docomomo local (Documentação e Conservação do Patrimônio Moderno) que visa conservar os patrimônios modernos da Capital.
O Departamento Técnico (Detec) da Câmara, órgão responsável pela áreas de engenharia e arquitetura, criou em 2006 a Seção de Patrimônio Histórico Arquitetônico para elaborar um plano de documentação e conservação do edifício do Palácio do Congresso. Em 2007, foi criado um grupo de pesquisa e extensão sobre documentação técnica e história da arquitetura da Câmara.
Na solenidade de homenagem ao centenário de Niemeyer será apresentado um vídeo, de três minutos, com depoimentos a respeito do prédio do Congresso Nacional e por que ele é especial, com imagens históricas com o presidente Juscelino Kubitschek. Na cerimônia haverá ainda o lançamento de cartão postal feito pelo Sesc com a logo do ano do centenário de Niemeyer que será distribuído para os turistas que visitam o Congresso todos os dias. Além disso, será descerrada uma placa na parede alusiva ao tombamento do prédio.
Além de se inserir na programação do centenário de Niemeyer, a decisão do tombamento coincide com os 70 anos do Iphan, completados no último dia 30 de novembro e os 20 anos do tombamento de Brasília pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que foi comemorado em 11 de dezembro. Também faz parte dos festejos, os 50 anos do concurso do plano urbanístico da nova capital – o Plano Piloto, vencido por Lúcio Costa, em abril de 1957.
Segundo Danilo Matoso Macedo, arquiteto da Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional é o prédio que Niemeyer mais gosta em Brasília. Não só pela característica simbólica, mas pela sua implantação. A terraplenagem na área faz que com as cúpulas, apesar de estar em cima de um prédio, olhando da Rodoviária, parecem que estão pousadas no chão.
Danilo relata que existem muito folclore sobre a parte do prédio relativa à Câmara, mas a verdade é que as cúpulas representam os poderes e em função do número maior de deputados e da importância popular.
"Na visão do Oscar socialista, pode-se ver que o prédio é assimétrico. A torre não fica no meio, no centro do Eixo Monumental. O espaço simbólico, dedicado à cúpula da Câmara é maior. Ele acha que a Câmara possui maior importância no conjunto, por representar diretamente o povo", disse.
Os arquitetos da Câmara dos Deputados foram sempre muitos ligados ao escritório dele. Por vezes, quando vinha a Brasília, ele se instalava numa das salas do Anexo I, para trabalhar. "Através deste contato muito estreito, sempre que se fazia algum anexo, adição ou grande reforma, Oscar era convidado" complementa Danilo.
Niemeyer trabalhou na sua obra no Congresso Nacional até mesmo quando estava no exterior. A construção do prédio do anexo IV, a única obra de órgão público feita por ele, foi concebida durante o exílio dele em Paris.
Conselho de arquitetos
No bojo das comemorações os arquitetos têm uma boa notícia. A Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei que institui o Conselho de Arquitetos e Urbanistas que também foi aprovado pelo Senado e falta só sanção presidencial. Além disso, os arquitetos de Brasília, especialmente os da Câmara, criaram o Docomomo local (Documentação e Conservação do Patrimônio Moderno) que visa conservar os patrimônios modernos da Capital.
O Departamento Técnico (Detec) da Câmara, órgão responsável pela áreas de engenharia e arquitetura, criou em 2006 a Seção de Patrimônio Histórico Arquitetônico para elaborar um plano de documentação e conservação do edifício do Palácio do Congresso. Em 2007, foi criado um grupo de pesquisa e extensão sobre documentação técnica e história da arquitetura da Câmara.
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