Especialistas analisam estatísticas de suicídio e o preconceito do tema na imprensa

O programa da Rádio Câmara "Palavra de Especialista" analisa hoje as estatísticas de suicídio no Brasil. Embora a taxa nacional de suicídio brasileira ainda esteja dentro do limite considerado baixo pela Organização Mundial da Saúde, os índices são preocupantes entre idosos; índios de Mato Grosso do Sul; e mais freqüentes em alguns estados, como o Rio Grande do Sul. Entre os mais jovens, na faixa de 20 a 29 anos está o maior índice de suicidas e a mortalidade no sexo masculino ainda é mais elevada do que nas mulheres.
A partir do recente estudo do Ministério da Saúde sobre o assunto, o Brasil se tornou o primeiro país da América Latina a ter uma proposta de ação nacional para a prevenção do suicídio, que em 2005 passou a ser considerado um problema de saúde pública. Apesar da iniciativa, continua difícil levar a discussão para o âmbito da sociedade, em parte pelo pequeno envolvimento da imprensa com o assunto.
No programa desta quarta-feira, a jornalista Simone Salles recebe o coordenador da Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde, Dr. Carlos Felipe Almeida. De acordo com o Dr. Carlos Felipe Almeida, "é importante debater a questão e não silenciar: por isso, o ministério elabora um guia para jornalistas com orientações sobre a melhor forma de noticiar os casos que acontecem".
Também participa do debate o jornalista Arthur Dapieve, autor do livro "Morreu na contramão - o suicídio como notícia". Dapieve acredita que a mídia evita divulgar o tema em parte por medo de que se possa criar um efeito contrário de incentivo à prática.
O Palavra de Especialista vai ao ar todas quartas, às 8h30, pela Rádio Câmara. O programa é apresentado pela jornalista Simone Salles, produzido por Lucélia Cristina e Mônica Lion e coordenado por Aprígio Nogueira.
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