O presidente da Câmara dá início na próxima segunda (10) ao plantio de 12 mil árvores para compensar as emissões de CO2 da Casa nos últimos dois anos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, participa na próxima segunda-feira (10), em Mogi das Cruzes, do início do plantio das 12 mil árvores de espécies nativas da Mata Atlântica que servirão para compensar as emissões de CO2 da Casa nos últimos dois anos. O plantio faz parte da parceria entre a Câmara e a fundação SOS Mata Atlântica, que levantou o quanto do carbono jogado na atmosfera é de responsabilidade da Câmara: 2,5 mil toneladas/ano.

A área escolhida para receber as mudas é a do reservatório Ponte Nova, em Mogi das Cruzes (SP), sede do DAEE paulista e nas fraldas da Grande São Paulo.

Com isso, a Câmara será o primeiro parlamento do mundo a neutralizar suas emissões de carbono. Mas a idéia não é só compensar a poluição emitida, e sim mudar os hábitos. Um programa chamado Ecocâmara tenta fazer a lição de casa: reduzir o uso de papel, de combustível, de energia elétrica etc.

É o aumento das emissões de carbono que provoca a elevação da temperatura do planeta, resultando em mudanças climáticas capazes de comprometer a vida dos seres humanos, segundo defendem especialistas reunidos no Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). A iniciativa faz parte do Programa de Neutralização de Carbono, que consiste em plantar uma quantidade de árvores equivalente ao total ou a parte das emissões de carbono (responsáveis pelo efeito estufa). O assunto motivou um tratado internacional que entrou em vigor em fevereiro de 2005, também conhecido como Protocolo de Quioto.

EcoCâmara
Em 2003, a Câmara dos Deputados criou o Núcleo de Gestão Ambiental – EcoCâmara com o objetivo de desenvolver projetos em parceria com os diversos órgãos da Casa, em consonância com as diretrizes e os princípios propostos pela Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

A iniciativa do MMA tem como norteador documento elaborado na Eco-92 ou Rio-92 que estimula os governos a adotarem novos referenciais para o consumo e a darem o exemplo aos demais segmentos da sociedade no sentido de buscarem a sustentabilidade ambiental.

Assim, a EcoCâmara ocupa-se de várias atividades como coleta seletiva, reciclagem dos materiais (papel e plástico, principalmente) utilizados nas rotinas administrativas da Casa, cuidar dos jardins internos e externos e preservar a fauna existente nos arredores da Casa. Há também um extenso programa de desmaterialização de processos e documentos que concentrará esforços para migrar processos e documentos para o meio digital economizando papel e racionalizando a rotina de trabalho. Além disso, a EcoCâmara realiza campanhas de esclarecimento e eventos de caráter ambiental educativo.

Os projetos arquitetônicos e reformas dos prédios obedecem os princípios da sustentabilidade e responsabilidade socioambiental como também promove o uso eficiente de energia elétrica e de água com a adoção de novas tecnologias e procedimentos.

Até mesmo na área de licitação a EcoCâmara atua de forma a inserir a questão ambiental nos editais de compra e contratação de serviços.

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