Cancelado Chat sobre a Venezuela

29/01/2014 13h04

FOI CANCELADO O BATE-PAPO COM INTERNAUTAS QUE A AGÊNCIA CÂMARA FARIA Nessa quarta (5), com o deputado Paulo Maluf, relator da proposta de adesão da Venezuela ao bloco.

FOI CANCELADO O BATE-PAPO PELA INTERNET QUE A Agência Câmara faria na quarta-feira (5), às 15 horas, sobre a proposta de adesão da Venezuela ao Mercosul. Os internautas interessados poderão discutir o assunto com o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que foi relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). 

Maluf é favorável à entrada do País no bloco, mas faz duras críticas a Hugo Chávez, cuja permanência no poder espera que seja "a mais breve possível". A CCJ aprovou no último dia 21 o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 387/07, que ratifica o protocolo de adesão plena da Venezuela ao bloco, assinado em Caracas, em julho de 2006. A proposta, que tramita em regime de urgência, ainda precisa ser votada pelo Plenário. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, informou que o tema não deve ser votado neste ano por conta das demais prioridades já estabelecidas.

A votação do projeto na CCJ foi adiada inúmeras vezes em razão de protestos de parlamentares contrários às posições políticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

A favor da Venezuela e contra Chávez

Maluf argumentou que a entrada da Venezuela no Mercosul está de acordo com o artigo 4º da Constituição, que orienta o País a buscar a integração econômica, política, social e cultural com a América Latina. Porém, ele não poupou duras críticas ao presidente Hugo Chávez. "Temos sérias dúvidas se a democracia está sendo praticada na Venezuela pelo senhor Chávez. Como sabemos, ele vem, paulatinamente, corroendo as estruturas institucionais da Venezuela, o que ficou notório com a supressão recente de importante veículo de comunicação que lhe fazia merecidas críticas. Com isso, para afastar o incômodo da verdade, o senhor Chávez adotou, sem escrúpulo, o expediente empregado pelos ditadores ao sepultar, dessa forma, a liberdade de imprensa. E agora pretende impor, mediante um simulacro de referendo, reformas políticas que lhe permitirão a perpetuação no poder", disse.

Maluf prosseguiu com a crítica prenunciando uma ditadura clássica naquele país: "Ora, em qualquer lugar do mundo, seja no Brasil, mas sobretudo na Venezuela, a perpetuação no poder só pode significar a previsão, mais uma vez, de uma ditatura, mesmo que transvestida numa roupagem popular. Apenas essas duas ocorrências, que escolhemos entre muitas outras, já serviriam para caracterizar efetivos atentados à democracia".

Porém, o deputado argumentou, para justificar seu voto favorável à entrada da Venezuela no bloco, que não se trata de avaliar um presidente em particular, mas sim, um país: "Temos em consideração, sobretudo, o povo venezuelano, a Venezuela como país. Acima e a despeito do senhor Chaves - que é passageiro, e esperando que a passagem seja a mais breve possível -, não podemos perder de vista o país chamado Venezuela. A nação venezuelana é que permanecerá como amiga do povo brasileiro, como nossos vizinhos, acima de "chavismos" eventuais".

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