PROCD-22-11-2005 Nelson Marquezelli

Sessão: 311.3.52.O Hora: 19:18 Fase: BC Orador: NELSON MARQUEZELLI, PTB-SP Data: 22/11/2005

O SR. NELSON MARQUEZELLI (PTB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, temos assumido a tribuna da Câmara dos Deputados para elogiar o belo trabalho que vem realizando o Dr. Paulo Skaf, na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, bem como o de sua diretoria.
Já não é de hoje que tenho alertado ao governo brasileiro quanto à forma que o Governo da Argentina tem tratado o Brasil nas suas relações comerciais, política bilateral que está prejudicando, sensivelmente, a indústria de São Paulo e do resto do País.
A FIESP acaba de decidir que não vai aceitar salvaguardas argentinas aos nossos produtos e, Srs. Deputados, essa deve ser a postura de nosso Parlamento.
Que integração é essa, se os nossos vizinhos alteram unilateralmente as nossas relações comerciais, esquecendo-se que formamos um bloco continental, o MERCOSUL?
Não podemos trabalhar para garantir o crescimento da Argentina em detrimento de nossa pauta exportadora e os empregos que temos que gerar no nosso País.
Os argentinos teimam em não aceitar os acordos firmados no MERCOSUL, principalmente o livre comércio de automóveis a partir de 2006, as regras comuns para a importação de máquinas e equipamentos e bens de informática e telecomunicações e o fim das intermináveis listas de exceções que a Argentina faz à Tarifa Externa Comum. Se não bastasse isto, que o nível de crescimento dos 2 países não guardam assimetria e que grande parte do crescimento argentino se dá com o nosso aval, pela pecaminosa política externa que levamos para o MERCOSUL, que insiste nesse sonho deletério de integração comercial, em que os atores fingem que a buscam e destroem as já combalidas oportunidades bilaterais.
Entre a FIESP, berço do trabalho e dedicação de todos os brasileiros e a política comercial bilateral com a Argentina, ficamos com a FIESP.
Urge que os rumos desta relação sejam revistas, urgentemente, antes que os empregos de nossos jovens sejam transferidos para a Argentina.