PROCD-22-06-05-Severiano Alves


139.3.52.O Sessão Ordinária - CD 21/06/2005-16:28

Publ.: DCD - 22/06/2005 - 27514 SEVERIANO ALVES-PDT -BA

CÂMARA DOS DEPUTADOS ORDEM DO DIA LÍDER

DISCURSO

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Sumário

Apoio à mobilização dos trabalhadores do setor ferroviário brasileiro. Defesa da manifestação ordeira dos trabalhadores presentes nas galerias. Transcurso do 25º ano de fundação do PDT e do primeiro ano de falecimento do ex-Governador Leonel Brizola. Lançamento do documento Carta de Porto Alegre pelo partido. Perplexidade diante da disposição do Governo brasileiro de criação de fundo de combate à pobreza junto aos países-membros do MERCOSUL.

 

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O SR. SEVERIANO ALVES (PDT-BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, inicialmente, parabenizo as organizações sindicais do transporte ferroviário brasileiro por darem demonstração de educação e de como fazer um movimento ordeiro. Este Plenário nunca viu essas galerias tão organizadas e disciplinadas. Portanto, peço a V.Exa. que não impeça os funcionários da Rede Ferroviária Federal de se manifestarem por meio de palmas, uma vez que o fazem de forma muito ordeira. (Palmas nas galerias.)

Em segundo lugar, informo que o PDT reuniu seu Diretório Nacional ontem, em Porto Alegre, para prestar homenagem aos 25 anos do partido e registrar um ano do falecimento do saudoso Leonel Brizola. Também lançou a Carta de Porto Alegre, que enumera itens de repúdio à corrupção, veementemente escritos e falados por todos, e de total apoio às apurações das denúncias que envolvem o Governo Federal e partidos políticos nesta Casa.

Por último, Sr. Presidente, em nome do PDT, declaro que estranhamos a posição do Governo Federal de criar, junto com outros países do MERCOSUL, um fundo de 100 milhões de dólares para atender à população pobre dos países que formam o bloco. O Brasil depositará anualmente 70 milhões de dólares nesse fundo. Ora, se não temos dinheiro para combater a pobreza no Brasil, como investir 70 milhões de dólares para combatê-la nos outros países? A Argentina depositará 27% no Fundo; o Paraguai, 1%; e o Uruguai, 2%. Se o Brasil pode investir 70 milhões de dólares anualmente, como não tem essa quantia para aplicar na RFFSA? (Palmas nas galerias.)

Não entendemos a posição do Governo, que é incoerente. Se não temos dinheiro para combater a pobreza ou recuperar a RFFSA, como investir 70 milhões de dólares anualmente para criar um fundo de combate à pobreza entre os países da América do Sul? (Palmas nas galerias.)