PROCD-25-06-03 Alceste Almeida


122.1.52.O Sessão Ordinária - CD 24/06/2003-16:58

Publ.: DCD - 25/06/2003 - 28843 ALCESTE ALMEIDA-PMDB -RR

CÂMARA DOS DEPUTADOS GRANDE EXPEDIENTE PELA ORDEM

DISCURSO

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Sumário

Encontro entre os Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e George W. Bush, dos Estados Unidos da América. Apreensão com o destino do MERCOSUL após a implementação da Área de Livre Comércio das Américas.

 

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O SR. ALCESTE ALMEIDA (PMDB-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.)Sr. Presidente João Caldas, nobre Parlamentar que tem imprimido sua marca no profícuo trabalho nesta Casa legislativa, Sras. e Srs. Deputados, na semana passada, o Presidente da República encontrou-se com o Presidente dos Estados Unidos nos deixando em expectativa em relação aos destinos que tomarão a ALCA e o MERCOSUL. Por mais de 3 horas, os governantes dos dois países conversaram sobre esses assuntos, que, de certa forma, estavam um pouco fora da mídia. Falou-se da viagem, do encontro, mas não do assunto da reunião, ressalte-se, bastante longa.

Espero que essa conversação dê ao Brasil o caminho ideal para as relações comerciais que ele precisa ter com as outras nações. Confio na palavra do Ministro da Relações Exteriores, Celso Amorim. S.Exa. sempre tem dito que mais importante do que o prazo — os Estados Unidos querem ver a ALCA implantada até janeiro de 2005 — é o conteúdo a ser enfocado.

O que será do MERCOSUL? Poderá coexistir o MERCOSUL com a ALCA? Preocupamo-nos com isso. Gostaríamos que o MERCOSUL fosse consolidado e ampliado. Na semana passada, o Presidente da Venezuela, Hugo Chaves, manifestou interesse em ingressar no MERCOSUL. Isso inclusive é importante para nosso Estado, Roraima, unidade federativa mais setentrional do País.

O Brasil não pode titubear sua posição no Cone Sul. Este País é, sem dúvida alguma, uma liderança sul-americana que não pode enfraquecer essa importante coesão da qual fazem parte o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.

O Presidente Lula e o Ministro Celso Amorim têm de analisar bem a questão. Podemos até nos integrar à ALCA, desde que o MERCOSUL tenha vez e seja a principal aliança em termos comerciais que possamos fazer a bem do Brasil.

Era o que tinha a dizer.