Marco Maia recebe grupo que defende os direitos dos autistas
Representantes de vários movimentos, que defendem a melhoria das políticas públicas para os portadores de Autismo, entregaram, ao presidente Marco Maia, na tarde desta segunda-feira (28), documentos com 28.169 assinaturas de pessoas de todo o Brasil engajados na campanha pela aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Projeto de Lei 7.699/06), que tramita na Câmara dos Deputados. Estiveram presentes na audiência o Diretor de Políticas para Acessibilidade do Ministério das Cidades, Antônio Borges dos Reis; a Defensora Popular da Associação em Defesa do Autista, Berenice Piana de Piana; o representante do Movimento Pró-Autismo Gaúcho, João Mandeli e o presidente do Movimento Orgulhoso, Fernando Cota. Além das tratativas para a aprovação do Estatuto, na audiência foi debatida a necessidade de votação do PL 1631/2011, que institui a Política Nacional de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista. "Estima-se que a cada 100 crianças que nascem uma delas é autista. Esta dado é preocupante. Meu filho é autista e entendo perfeitamente todas as dificuldades enfrentadas diariamente por muitos pais e mães. Precisamos de apoio para amenizar esta situação, por isso estamos engajados nesta campanha e viemos pessoalmente entregar as assinaturas e pedir o apoio de Marco Maia", disse o representante do Movimento Pró-Autismo Gaúcho, João Mandeli. Explicou Berenice Piana de Piana, também mãe de um autista, que a campanha iniciou em 8 de novembro de 2011 e encerrou no dia 15 de abril deste ano. "Precisamos de maior apoio, nossos filhos precisam de uma educação especial. Eu entro em redes sociais para falar com pais e mães trocar experiência, dar força, pedir para não desistir. Nossos filhos são especiais", explicou emocionada. O autismo é um transtorno causado por alterações genéticas e ainda não tem cura. Em razão de tais alterações, as pessoas com autismo carregam sérias limitações na capacidade de comunicação e na habilidade de se relacionar socialmente, apresentam enorme dificuldade de se orientar e se mover no mundo dito normal e muitas desenvolvem obsessões, estereotipias e comportamentos repetitivos.