O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, participou, na tarde desta quinta-feira (4), em São Paulo, da Reunião das Diretorias Plenárias do sistema ABIMAQ/SINDIMAQ (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos/ Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas). Mais de 80 dirigentes participaram do encontro da entidade, que representa atualmente cerca de 4.500 empresas.

O principal tema discutido entre o parlamentar e os empresários foi o Plano Brasil Maior, a nova política para a indústria lançada pela presidente Dilma Rousseff na última terça (2). Maia destacou as principais medidas que irão beneficiar os fabricantes de máquinas e equipamentos e o papel do Congresso na implementação do Plano, uma vez que o governo já editou duas Medidas Provisórias e irá enviar novos projetos ao Legislativo para viabilizar o Plano. Os empresários reconheceram que o Governo Dilma apresentou medidas efetivas de proteção e valorização da indústria nacional. No entanto, o setor está perdendo mercado para a concorrência internacional. O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, disse que, na década passada, o setor era responsável pela produção de 60% das máquinas que operavam no país. Os 40% restantes eram importados. Agora, os números se inverteram. A perda de mercado se deve principalmente à forte concorrência internacional, com a alta desvalorização do dólar.

Marco Maia reforçou o otimismo na política econômica do país. “Marchamos para sermos um país desenvolvido em um prazo muito menor do que imaginávamos. O Plano Brasil Maior é a primeira dose de vitamina para fortificar a indústria brasileira de bens de capital”, afirmou. O presidente da Câmara disse ainda que o governo federal está atento à crise nos Estados Unidos e na Europa, pois afeta diretamente o setor de máquinas e equipamentos. “No caso específico da indústria de bens de capital, precisamos dedicar atenção especial a ações e políticas de defesa do setor e de estímulo às exportações”, afirmou Maia.

O presidente defendeu ainda a criação de um novo pacto federativo para reorganizar a política de investimentos no país. Marco Maia também considerou interessante a proposta dos empresários de incluir a indústria entre os setores beneficiados pelo fundo que será formado com recursos da exploração do Pré-Sal.

Além do presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, e demais diretores da entidade, também prestigiou o encontro o ex-governador gaúcho Germano Rigotto.