Nesta quinta-feira (10), o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, esteve reunido com o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP/RS) que apresentou as demandas dos produtores de arroz da região sul do país. Para Heinze, a situação dos arrozeiros é delicada. Segundo a Conab, a estimativa da colheita, iniciada em fevereiro é de 9,65 milhões de toneladas em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

O custo de produção gira em torno de R$ 4 bilhões. Deste valor, R$1,5 bilhão vem de empréstimo bancário. O restante foi feito com recursos dos próprios produtores ou através de financiamentos com indústrias, cooperativas e comércio. Como a data de vencimento coincide com o período da colheita, muitos arrozeiros se veem obrigados a vender sua produção por preços mais baixos para honrar suas dívidas.
Nesta época, o preço da saca fica entre R$ 20,00 e R$ 23,00, valor abaixo do custo de produção, que é de R$ 29,00.

Diante desta situação, o setor produtivo solicitou ao presidente Marco Maia que interceda junto à Presidenta Dilma Rousseff para que o governo federal tome algumas medidas, como ajustes no Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para a liberação de R$ 100 milhões e a suspensão por seis meses da importação de arroz produzido no Uruguai, Argentina e Paraguai.

O presidente Marco Maia comprometeu-se a encaminhar as reivindicações do setor para a presidenta Dilma. “Produtores de alimentos precisam ter condições para produzir e também para comercializar seus produtos. Estou certo que o governo federal será sensível à essa necessidade”, afirma Marco Maia.