O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, recebeu nesta quinta-feira (7) o relatório Ataques à Imprensa, que registra agressões e mortes de jornalistas no exercício da profissão em 2012. O levantamento, que inclui o assassinato de quatro brasileiros no ano passado, foi entregue pelo coordenador do Programa das Américas do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), Carlos Lauría, e pelo diretor da Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (Abraji) Mauri Konig.

O presidente da Câmara mostrou preocupação com as agressões a jornalistas e apoiou a votação do Projeto de Lei 1078/11, do deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), que permite a participação da Polícia Federal na investigação de crimes contra a atividade jornalística em que houver omissão ou ineficiência das autoridades locais. "O crime contra jornalistas viola o princípio de livre acesso da sociedade à informação pública", observou Henrique Eduardo Alves.

Konig alertou para a impunidade dos criminosos, em decorrência da demora no julgamento dos casos. O diretor da Abraji ainda pediu que a Câmara mudasse o projeto de revisão do Código Penal, que dobra para quatro anos a pena de prisão em crimes de calúnia, no caso da imprensa. "É um exagero, pois há crimes mais graves com punição menor", declarou Konig.