Presidente Chinês defende fortalecimento de relação com Brasil e maior protagonismo global

Xi Jinping faz visita oficial ao Brasil para participar da 6ª Cúpula dos Brics e escolheu o Congresso Nacional para fazer seu pronunciamento ao Brasil, à América Latina e ao Caribe.
16/07/2014 16h40

O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, defendeu que Brasil e China assumam maiores responsabilidades internacionais, fortaleçam sua relação comercial e tratem o 40º aniversário de sua relação diplomática ­– comemorado no próximo dia 15 de agosto – “como um novo  ponto de partida”, para ficar mais abrangentes e influente no mundo.

Xi Jinping faz visita oficial ao Brasil para participar da 6ª Cúpula dos Brics (grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza, e escolheu o Congresso Nacional para fazer seu pronunciamento ao Brasil e à América Latina e Caribe.

Em seu discurso, o presidente disse que China e Brasil devem intensificar a cooperação bilateral para defender “energicamente os interesses comuns dos países em desenvolvimento”. De acordo com o líder chinês, os dois países, como os maiores de seus continentes, ao concretizar seu próprio desenvolvimento têm a obrigação de impulsionar a ordem internacional em sentido mais justo.

Xi Jinping ressaltou que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer parceria estratégica com a China. Hoje, segundo afirma, “a China é o maior parceiro comercial do Brasil há cinco anos, e o Brasil representa o maior parceiro da China na América Latina e no Caribe”.

Segundo o presidente da China, somente o fortalecimento da cooperação bilateral pode promover um mundo de paz duradoura, desenvolvimento sustentável comum e assegurar a diversidade cultural. “A história nos conta que a lei da selva não é a melhor maneira de convivência, o militarismo não leva a nada”, disse.

Xi Jinping ressaltou ainda que os dois países já cooperam em áreas diversificadas, como alta tecnologia, satélites, exploração de petróleo em mar profundo e biotecnologia. Ainda assim, defende que acelerem a implantação do plano decenal de cooperação para impulsionar estratégias de desenvolvimento e intensificar a cooperação científico-tecnológica.