O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, remarcou a votação do Orçamento impositivo (PEC 565/06) “improrrogavelmente” para a próxima terça-feira (13). “Peço mais alguns dias para tentar construir um consenso. Esta votação não pode ter vencedores nem vencidos. Não é vitória do governo, nem da oposição, mas do Parlamento”, declarou.

Henrique Eduardo Alves lembrou que as emendas parlamentares ao Orçamento atendem reivindicações legítimas de municípios, comunidades, associações e entidades. “Não é dinheiro para deputado não, é para atender carências, sonhos e esperanças de um olhar que não chega ao governo federal.”

O presidente da Câmara ainda considera um dia histórico para o Parlamento a aprovação da PEC 565/06 pela comissão especial, na terça-feira (6).

Lei Áurea

Os líderes partidários elogiaram o empenho de Henrique Eduardo Alves na aprovação do Orçamento impositivo. Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), trata-se da “Lei Áurea” do Poder Legislativo. “Resgata a condição e equipara o Poder Legislativo aos demais ocupantes da Praça dos Três Poderes. Nós não somos mais um poder acessório.”

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), observou que o adiamento também pode evitar questionamentos sobre a quebra do prazo regimental de interstício entre a votação na comissão especial e no Plenário.  “Temos de estar presentes para votar pelas nossas consciências, não porque parlamentar pode receber ou não emenda.”

O líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), elogiou a paciência do presidente da Câmara. “Além de bom político e bom articulador, prima pelos princípios cristãos. Está sendo extremamente paciente”, comentou.