Henrique Eduardo Alves propõe cooperação entre Legislativos para beneficiar Brics
Durante reunião com a delegação parlamentar brasileira realizada na manhã desta terça-feira (18), a presidente do Conselho da Federação Russa, Valentina Matvienko, destacou o caráter estratégico das relações bilaterais e disse que a Rússia vê o Brasil como parceiro prioritário. O Conselho da Federação corresponde ao Senado Federal.
De acordo com a presidente, houve fortalecimento do diálogo nos últimos anos nos outros níveis de governo e é importante agora se intensificar esse contato também no nível interparlamentar. Matvienko defendeu ainda o envolvimento dos Legislativos nas discussões dos países do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), grupo de países de economia emergente.
“Achamos importante continuar esse trabalho, estabelecer essa cooperação interparlamentar, sobretudo no âmbito dos países parceiros do bloco do Brics, estabelecendo o fórum consultivo permanente entre esse países”, disse Matvienko, destacando a necessidade de contatos regulares entres os Parlamentos.
A presidente do Conselho defendeu ainda, durante a reunião, o pleito brasileiro por uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU).
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, destacou a presença de vários líderes partidários na delegação, tanto de partidos da base quanto da oposição, e do líder do Governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), na delegação oficial. Integram a missão os líderes do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ); do DEM, Ronaldo Caiado (GO), do PPS, Rubens Bueno (PR); e os deputados Felipe Maia (DEM-RN), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Fábio Ramalho (PV-MG).
De acordo com o presidente, a interação entre os países do Brics pode ser beneficiada por essa cooperação interparlamentar. “O Brics é importante, e essa intensa relação entre os Legislativos pode agregar ainda mais valor ao grupo”, disse Henrique Eduardo Alves. Os parlamentares brasileiros e russos também discutiram no encontro propostas para elevar o comércio bilateral dos atuais US$ 6 bilhões para US$ 10 bilhões.