O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, conheceu nesta quarta-feira (19) espaço criado na Câmara para estimular o desenvolvimento de projetos destinados a ampliar a transparência e a participação no trabalho legislativo e parlamentar, por meio da gestão de dados públicos. Batizado de Laboratório Hacker, o espaço vai reunir programadores, servidores e cidadãos interessados no trabalho da Câmara.

A iniciativa, segundo o Henrique Alves, vai mudar o perfil do Parlamento brasileiro. “É a revolução pelas ideias e pela comunicação”, escreveu Alves no mural do laboratório. Na próxima terça-feira (25), o presidente irá apresentar o projeto do laboratório aos líderes partidários, logo antes da reunião de liderança para discutir a pauta da semana.

Duas licitações aprovadas na reunião da Mesa Diretora desta quarta-feira devem ajudar na proposta do Laboratório Hacker, segundo Alves. A primeira vai permitir um monitoramento constante por um instituto de pesquisa do trabalho desenvolvido pela Câmara. A outra objetiva consolidar instrumentos de análise da presença da Casa nas redes sociais. “Quanto mais dados abertos pudermos oferecer, melhor. A Casa não tem o que temer”, afirmou.

“Isto não existe em nenhum lugar do mundo”, afirmou o hacker Pedro Markun, em relação à iniciativa da Câmara. Ele é um dos dez ativistas que vão usar o laboratório como base para criar ferramentas que facilitem o acesso e a compreensão do processo legislativo.

G20 parlamentar
Alves propôs aos desenvolvedores fazer em 2014 uma nova maratona hacker - o segundo Hackathon - com participantes dos diferentes países que virão para o G20 parlamentar em agosto em Brasília. A primeira maratona foi realizada em outubro do ano passado.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que acompanha a implantação do projeto desde o ano passado, acompanhou a visita do presidente da Câmara.