Câmara fará sessão solene para homenagear resistência à ditadura militar
A Câmara promove no dia 1º de abril, às 9h30, sessão solene para homenagear civis e militares que resistiram à ditadura. Na terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, decidiu acolher apenas o requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) para a realização de sessão solene para discutir o regime militar de 1964.
O requerimento da deputada propõe homenagem aos responsáveis pelas ações de resistência ao regime militar instaurado a partir de 1964. Além de Erundina, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) também havia apresentado requerimento para a realização da sessão solene. No texto, o deputado afirma que o regime instaurado em 1964 teve amplo apoio social e “que possibilitou, ao longo de vinte anos a consolidação da democracia”.
O presidente da Câmara disse, no entanto, que não poderia acolher um requerimento “para exaltar a ditadura”. Ele argumentou que o Legislativo foi "brutalmente atingido" e seus integrantes perseguidos pelo regime militar.
“A Câmara não pode homenagear um regime que fechou três vezes esta Casa e cassou 173 parlamentares”, afirmou Alves, destacando que sua decisão teve apoio integral dos líderes.