Alves diz que Constituição de 88 simbolizou a transição definitiva para a democracia
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, lembrou na sessão solene em homenagem ao 25 anos da Constituição de 1988 que a promulgação do texto simbolizou a transição definitiva de um “momento sombrio” da história brasileira, quando as liberdades não eram respeitadas e direitos fundamentais eram neglicenciados, para uma democracia sólida.
Ele lembrou que, durante os trabalhos constituintes, foram discutidas e votadas mais de 60 mil emendas e centenas de propostas em 330 sessões, 24 mil horas de discursos e debates e 182 audiências públicas. “Produzimos um documento final que alguns consideram extenso, mas que tem o mérito de traduzir os anseios da maioria dos brasileiros”, afirmou o presidente da Câmara.
Ele ainda lembrou a participação popular no trabalho de elaboração da Constituição. “A voz dos brasileiros ecoou na Assembleia Nacional Constituinte; milhões de pessoas ajudaram a construir a Constituição de 88”. Henrique Alves também citou as atuais manifestações populares para assinalar que, assim como na Constituinte de 88, as reivindicações das ruas continuam pautando o trabalho legislativo.
Hoje, segundo ele, as reivindicações são outras – serviços públicos de melhor qualidade e mais ética na vida pública -, mas o fórum dede debate continua sendo o Congresso Nacional.
O deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), que falou em nome de todos os constituintes, também lembrou o trabalho da Constituinte de 1988 e seu papel na consolidação da democracia brasileira.
Henrique Eduardo Alves e Mauro Benevides ressaltaram o papel do deputado Ulysses Guimarães no trabalho de elaboração do atual texto constitucional. Eles lembraram a importância de Ulysses nas negociações políticas e na consolidação do texto final da Constituição.