História do Brasil
FREIRE, Francisco de Brito, 1625-1692. Nova Lusitania. Lisboa: Officina de Joam Galram, 1675
CALADO, Manuel, 1584-1645 O Padre Calado, que organizou guerrilhas e participou de combates contra os holandeses, foi o primeiro a pegar, comprovadamente, em armas na história do Brasil. O seu livro é uma apaixonada descrição das lutas pela restauração do domínio português em Pernambuco e no Nordeste. É um dos mais importantes depoimentos da época, juntamente com os de Brito Freire e Francisco Manuel de Melo. As observações críticas de Calado sobre o bispo da Bahia e alguns jesuítas foram provavelmente o motivo que levou a obra a ser censurada e posta no Index, em 1655. Apesar dessa proibição temporária, já em 1668 aparecia essa edição, que recebeu apenas uma nova folha de rosto e novas licenças, aproveitando-se integralmente e sem modificação o texto impresso em 1648, do qual um estoque considerável teria permanecido por vinte anos com o editor. As duas edições são equivalentes e ambas muito raras. |
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COLLECÇÃO de noticias para a historia e geografia das nações ultramarinas que vivem nos domínios portugueses, ou lhes são visinhas / É publicada pela primeira vez a carta do padre José de Anchieta sobre as coisas naturais da Província de São Vicente, ou seja, de São Paulo. |
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FREIRE, Francisco de Brito, 1625-1692 Considerado um clássico, é uma das melhores fontes sobre os eventos que ocorreram em Pernambuco, entre 1630 e 1638. O livro é rico em detalhes curiosos, corajoso nas críticas políticas, e sua edição revela grande preocupação estética e cuidado gráfico, que fez desta publicação um dos pontos altos da tipografia portuguesa do século XVII. Após uma breve introdução sobre o descobrimento do Brasil, o volume traz relatos detalhados sobre a disputa entre Holanda e Portugal pelo controle militar e econômico da colônia, nos anos de 1623-1638. |
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JABOATÃO, Antônio de Santa Maria, 1695-1764? Na magnífica impressão em papel de ótima qualidade, o autor, considerado um dos três maiores genealogistas do século XVII, abordou as famílias de Pernambuco e Bahia. Principal fonte para o estudo do Convento de Santo Antônio e também sobre conventos e movimentos franciscanos no Brasil. |
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SILVA, Francisco Gomes da, 1791-1852 Trata-se de uma autobiografia que, pela amizade que unia o autor a D. Pedro I, constitui um curioso documento acerca da vida pública e particular do primeiro imperador do Brasil. É uma obra preciosa pelas luzes que derrama sobre fatos do primeiro reinado, dos quais foi o autor testemunha e parte. |
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MARINHO, José Antonio, 1803-1853 Este é um dos mais raros e interessantes livros históricos ilustrados brasileiros do século XIX. As litogravuras desdobráveis de Queluz, Lagoa Santa e Barbacena são peças iconográficas fundamentais para a história da região, e constituem ocorrência incomum em livros impressos no Brasil nesse período. Estão incluídos na obra, ainda, os retratos dos principais líderes da Revolução Liberal de 1842. |
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STADEN, Hans, séc. XVI Mesmo sendo esta a segunda tradução francesa, é também rara. Narra a odisséia vivida pelo autor durante nove meses como prisioneiro dos Tupinambás. Além das experiências de seu cativeiro, Staden descreve suas viagens ao Brasil, desde os portos de origem. Preocupa-se em citar os nomes das pessoas, sobretudo dos personagens de nossa história, com quem lidou em diversas circunstâncias. É a primeira publicação sobre os índios brasileiros e, ainda hoje, na opinião criteriosa do bibliófilo Borba de Moraes, “constitui uma das mais valiosas fontes da etnologia em geral e da tupinologia especialmente”. |
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NABUCO, Joaquim, 1849-1910 Esta é a primeira edição da mais importante biografia política da história do Brasil. Trata-se do mais fiel e documentado relato da vida política das três décadas finais do Segundo Reinado, traçado por Joaquim Nabuco, na biografia que escreveu de seu pai. |